Ministro da Saúde diz que CPMF deve incidir sobre mais ricos

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu nesta sexta-feira (12) a volta da Contribuição sobre Movimentações Financeiras (CPMF), se aprovada pelo Congresso Nacional, deve incidir sobre os mais ricos. O retorna da CPMF é defendido como forma de aumentar os recursos para investimentos na Saúde.

Ministério da Saúde

“A ideia é tirar da cobrança amplos setores da classe média”, afirmou o ministro. “Não vai mais ter CPMF do jeito que era”, salientou.

“Não vai ser uma CPMF como foi no passado. Será uma contribuição financeira com outras características”, destacou o ministro que participa do 5º Congresso do PT, em Salvador (BA).

Ele afirmou que a retirada da classe média dessa nova proposta de tributação é uma questão de "justiça".

Chioro disse ainda que está conversando com todos os governadores sobre formas de sustentar o Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo ele, o tema já foi debatido com mais da metade dos governadores. “Faltam só uns três ou quatro”, afirmou. Entre os que faltam conversar está o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Indagado sobre a decisão do PT de incluir a defesa da CPMF na Carta de Salvador, documento com as resoluções finais do 5º Congresso nacional da legenda, que se acontece na Bahia, Chioro disse apoiar.

“Acho importante porque sinaliza um debate para o Congresso Nacional. Fico satisfeito porque estamos tomando a dianteira nesse debate”, enfatizou Chioro.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, reforçou que o partido deve lutar por uma reforma tributária e defendeu a volta da CPMF e da tributação de fortunas e de lucros.

“É necessário mudar o sistema tributário nacional, que é injusto, regressivo e concentrador. Mais de 50% dos impostos da carga nacional são impostos indiretos, que é um imposto injusto. É preciso reavivar a CPMF, que é um imposto limpo, não cumulativo e transparente”, disse Rui Falcão.