Crescem as expectativas pela Cúpula da União Africana
Segue grande a expectativa pela 25ª Cúpula da União Africana (UA), cujo segmento de alto nível será no fim de semana no Centro de Convenções de Sandton, na cidade sul-africana de Joanesburgo.
Publicado 11/06/2015 11:47
O encontro, o qual as reuniões prévias começaram no dia 7, convocou os chefes de Estado e Governo dos 54 países membros da organização continental.
“Espera-se que a cúpula tome decisões sobre questões de igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres”, expressou a ministra da Presidência, responsável pela Mulher, Susan Shabangu.
Em sua intervenção no segundo Painel de Alto Nível da UA sobre Igualdade de Gênero e Empoderamento da Mulher, Shabangu disse que a ênfase das discussões deve estar em tal tema.
“A Agenda da África 2063 representa a mudança em uma época histórica e será julgada por seu compromisso com a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres”, apontou.
"Portanto, representa uma renovada esperança para as mulheres de nosso continente, já que vai para além da retórica sobre questões de gênero e centra-se na implementação de ações concretas com resultados visíveis e mensuráveis", sublinhou Shabangu.
Precisamente, o lema que identifica esta cimeira é Ano de Empoderamento da Mulher e Desenvolvimento, rumo à Agenda 2063. O nascimento da UA é resultado de várias tentativas de unir politicamente o continente.
Seus antecedentes são a União de Estados Africanos, impulsionada por Kwame Nkrumah, em 1958; a Organização para a Unidade Africana (OUA), em 1963, e a Comunidade Econômica Africana, fundada em 1981.
Anos depois, em 9 de setembro de 1999, vários chefes de Estado e Governo assinaram a declaração de Sirte, na qual ficou esboçada a ideia da futura UA.
A esta iniciativa seguiu as cimeiras em Lomé (2000), onde foi redigida a ata constitutiva da UA; e em Lusaka (2001) aprovou-se o plano para instaurar a União.
Em 9 de julho de 2002 foi inaugurada formalmente a UA em Durban por seu primeiro presidente, o sul-africano Thabo Mbeki.