Publicado 09/06/2015 09:50
As rachaduras entre os tucanos só aumentam. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, resolveu responder as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a votação do fator previdenciário.
Isso porque em artigo publicado no domingo no Estadão, FHC classificou como populismo a decisão da bancada de votar pela derrubada do fator previdenciário. Segundo ele, o fator, “é indispensável, em longo prazo, para o equilíbrio das finanças públicas”.
Sampaio, por sua vez, rebateu: “O fator cumpriu um ciclo. FHC não detém informações relevantes. Não foi o fim. Mudamos o fator”.
Repetindo o seu erro histórico de sentar na cadeira antes do resultado das urnas, FHC afirma: “A oposição de hoje será governo amanhã. Portanto, não deve escorregar para o populismo”, e implora: “Não nos aflijamos antes do tempo".
A frustração e o inconformismo com a derrota dividiu os tucanos que, agora, disputam o espaço político dentro do partido.
O principal alvo do fogo amigo no ninho tucano é o presidente nacional e candidato derrotado Aécio Neves, senador mineiro. Alberto Goldman, fundador e vice-presidente nacional da legenda, reclamou por meio de carta da falta de debate interno sobre os rumos da legenda e admitiu que o PSDB "não tem um projeto de país".
A pressão deve continuar até a realização da convenção nacional do PSDB que acontece em julho próximo.