Dilma: Nosso governo não é de quatro meses, é de quatro anos
O governo da presidenta Dilma Rousseff fez o lançamento, nesta terça-feira (9), em Brasília, da nova etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), que prevê aportes de R$198,4 bilhões em infraestrutura, sendo o maior montante já investido na história do país permitindo a retomada do crescimento da economia.
Publicado 09/06/2015 13:16
“Estamos aqui para lembrar que, para nós, desenvolvimento significa investimento, emprego, renda, e qualidade de vida. Significa capacidade de crescer, trabalhar e produzir. Estamos iniciando progressiva virada de página, virada gradual e realista para mostrar que, se são grandes as dificuldades, maiores são a energia e disposição do povo e do governo de fazer nosso país seguir em frente”, salientou Dilma em seu discurso durante a cerimônia no Palácio do Planalto.
A presidenta mandou um recado para a oposição golpista: “Estamos aqui para lembrar que nosso governo não é de quatro meses, é de quatro anos. Estamos na linha de saída, e não na linha de chegada”.
Ajuste
Dilma ressaltou o papel momentâneo das medidas de ajuste e reafirmou o compromisso com o desenvolvimento do pais. “Somos um governo que tem, e está tendo, a coragem de promover o reequilíbrio fiscal porque as nossas políticas anticíclicas chegaram ao limite. Fazemos ajustes para crescer e, simultaneamente, lançamos programas ambiciosos para promover o crescimento… Um povo unido e forte é capaz de superar as dificuldades. É assim que o nosso povo vai superar essa luta que é dura, mas conjuntural”.
Dilma enfatizou que o programa é parte de uma etapa que será desdobrada ao longo de seu mandato e que dentro de um ano ou dois serão feitas complementações no programa de logística.
“Ainda que parte de seus resultados demandem algum tempo de maturuação, o que é natural, os seus primeiros efeitos serão imendiatos”, pontuou a presidenta, destacando que o principal efeito se materializa pela confiança e parceria entre o governo federal e os governos federais e os empresários.
"Reafirmamos nosso compromisso com a parceria federativa. O diálogo com os governadores e empresários é decisivo para esse investimento. Para todas as etapas", declarou ela. A cerimônia contou com a participação de diversos governadores como do Maranhão, Flávio Dino; de São Paulo, Geraldo Alckmin; e do Rio de Janeiro, Fernando Pezão, além de senadores, deputados e ministros.
Ela completou: “Isso em 20 estados da federação e 130 municípios brasileiros. Indiretamente, beneficiarão todos estados, todas regiões e todos os brasileiros. Representa a ampliação da parceria do governo e da iniciativa privada na construção do futuro. É uma resposta à altura dos desafios que temos em infraestrutura logística no Brasil”.
O programa prevê para as rodovias a destinação de R$ 66,1 bilhões. As ferrovias receberão R$ 86,4 bilhões. Já os investimentos nos portos somam R$ 37,4 bilhões e aos aeroportos serão destinados R$ 8,5 bilhões. Do total de recursos previstos, R$ 69,2 bilhões serão investidos entre 2015 e 2018. A partir de 2019, o programa prevê investimentos de R$ 129,2 bilhões.
Concessões
De acordo com a presidenta, o plano de concessões vai ajudar o país a transpor "dificuldades conjunturais". Segundo ela, essas são "novas armas e instrumentos para vencer a batalha". Entre as novas armas, ela citou o aumento da eficiência e produtividade.
“Hoje, a arma decisiva é o investimento na infraestrutura logística. Amanhã será no plano de exportações. Depois, será no Minha Casa Minha Vida 3. Depois, o plano de energia na área elétrica, de petróleo e gás”.
A presidenta Dilma fez questão de lembrar que os investimentos em infraestrutura e voltou a rebater as críticas da oposição. “Algumas pessoas dizem que o governo não tinha um programa de infraestrutura, mas fizemos em um único mandato mais do que todos os governos que me antecederam, inclusive o meu”, enfatizou a presidenta, destacando que isso só foi possível porque durantes os governos Lula foram destravadas as políticas de investimentos abrindo caminho para o resultado de hoje.
“O Brasil não tinha projeto e financiamento a longo prazo. Foi um grande esforço para que nós pudéssemos investir no primeiro mandato… os próximos governos aproveitarão essas plataformas que estamos criando”, disse.
E finalizou: “Como presidenta de todos os brasileiros, sei do meu papel de condução deste processo – e dele não esqueço um só instante. Quero fazer da minha condução política uma ponte e fonte permanente de diálogo. Brasileiras e brasileiros, quanto mais nos unirmos, mais rápido vamos vencer os obstáculos”.