Partidos de esquerda tornam-se opção viável na Espanha

Os candidatos da Unidade Popular nas próximas eleições gerais espanholas agora vislumbram uma real possibilidade após as últimas eleições locais, nas quais alcançaram resultados significativos nas grandes cidades.

Manifestação do Podemos na Espanha

O agrupamento de partidos de esquerda e movimentos sociais ganhou a maioria dos votos em cidades como Madri, Barcelona e La Coruna. Nessas cidades, e em algumas regiões autônomas, nenhum partido obteve a maioria absoluta, por isso, a formação do novo governo deverá ocorrer através de acordos entre as forças políticas.

Embora estas sejam conversações prioritárias para as partes, alguns políticos como Alberto Garzón, candidato presidencial do governo pela Esquerda Unida deverão encaminhar suas propostas para a formação de uma convergência na eleição geral no final deste ano.

Além disso, o Comitê Executivo do Partido Comunista da Espanha (PCE) defendeu uma política de convergência para a construção de uma Unidade Popular, com vista à próxima votação. Em sua análise, as eleições locais do último dia 24 de maio mostraram que as candidaturas de unidade social e política estão em posição de desafiar a hegemonia.

Garzon acredita que a Unidade Popular deve congregar partidos, sindicatos e movimentos sociais. Os líderes do novo partido Podemos também manifestaram vontade de integrar-se.

Potencialmente, uma aliança com a inclusão de Podemos e Esquerda Unida poderia modificar o contexto político espanhol atual. A alternativa, de acordo com Garzón, é que, sem a Unidade Popular o capitalismo será reposto com medidas novas e dolorosas contra as pessoas e o ambiente.

Para a Esquerda Unida, os desafios enfrentados na Espanha são tão grandes que exigem generosidade e trabalho de todos, bem como a análise apropriada e, na medida do possível, desprovida de julgamentos.

Fonte: Prensa Latina