Evo Morales adverte que a Bolívia jamais refugiará corruptos
O presidente da Bolívia, Evo Morales, assegurou, nesta sexta-feira (29), que seu país jamais será refúgio de delinquentes e corruptos, ao mesmo tempo em que pediu que se evitasse qualquer comparação com os Estados Unidos.
Publicado 30/05/2015 11:09
O chefe de Estado lembrou aos delinquentes comuns e corruptos estrangeiros que a Bolívia nunca será refúgio de malfeitores e pediu que "entendam e não confundam Evo com (o presidente estadunidense Barack) Obama, nem Bolívia com Estados Unidos".
Em breve coletiva de imprensa no ponto fronteiriço de Desaguadero, pouco depois de entregar ao Peru o empresário Martín Belaunde, Morales advertiu que seu país combate a corrupção com dignidade, e também com vergonha, moral e ética.
“Com a entrega de Belaunde, reclamado pela justiça peruana por peculato, associação ilícita para delinquir e lavagem de dinheiro, a Bolívia cumpriu com o combate contra a corrupção”, enfatizou.
Evo felicitou o trabalho realizado por policiais e militares na busca de Belaunde, que tinha fugido na madrugada do domingo anterior de uma residência na zona de Baixo Llojeta, no sul de La Paz.
Também lamentou que alguns policiais e operadores de justiça se tenham corrompido para favorecer Belaunde e denunciou que há casos de advogados que teriam extorquido o empresário peruano.
Segundo o mandatário serão julgados os implicados na fuga do ex-assessor do presidente Ollanta Humala, quem foi recapturado na tarde anterior no município de Magdalena, no departamento amazônico de Beni.
O presidente esclareceu que a obrigação do governo é lutar contra a corrupção, mas também fomentar a educação para prevenir ações ilegais nas esferas do Estado.
A fuga de Belaunde manteve em xeque o governo boliviano durante quase quatro dias, tempo no qual perderam seus postos o comandante da Polícia e o então ministro de Governo (Interior), Hugo Moldiz.