Cuba mostra avanços significativos na redução da fome
Apesar do bloqueio econômico de Washington, Cuba está hoje entre as 16 nações com mais avanços na redução da fome na América Latina e no Caribe.
Publicado 29/05/2015 13:26
Dentro desses esforços a ilha cumpriu antecipadamente a meta traçada na Primeira Cúpula Mundial sobre Alimentação, celebrada em 1996, de diminuir para a metade o número de pessoas desnutridas antes de 2015.
Esses resultados foram reconhecidos pela diretora para a América Latina e o Caribe do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Josefina Stubbs, que também destacou o trabalho realizado pelo Brasil, Chile, República Dominicana, Nicarágua, Peru, Uruguai, Venezuela e algumas ilhas do Caribe como San Vincent e Granadinas.
A diretora de Ciência e Técnica do Ministério da Agricultura da ilha, Marisela Díaz, destacou também que esse lugar responde às ações para elevar a produção nacional de alimentos e à importação de grandes volumes que superam os dois bilhões de dólares anuais.
Sublinhou ademais o desafio representado pela luta contra a fome, levando em conta o combate do país contra fatores adversos como a mudança climática e uma população envelhecida e majoritariamente urbana, o que gera escassez de força para os trabalhos agrícolas.
A diretora cubana destacou os investimentos milionários até 2020 no setor agrícola, que compreendem 21 programas em culturas importantes como arroz, feijão e milho por se tratarem de alimentos básicos na substituição de importações.
De acordo com o relatório anual sobre a fome da ONU a América Latina teve avanços importantíssimos no combate à fome. Segundo o texto, atualmente está em torno de 4,3 por cento da população, ou seja, 34 milhões de pessoas com fome, ainda que seja considerada uma redução significativa.
Não obstante, a Organização das Nações Unidas enfatiza que é inaceitável na região tal quantidade de vítimas desse flagelo, sobretudo se for levado em conta que a América Latina é um continente -com poucas exceções- onde os países são de rendimento médio e suas economias seguem crescendo.
Fonte: Prensa Latina