Reforma Política democrática: Coalizão entrega assinaturas
A luta pelo fortalecimento da democracia do país através da Reforma Política deu mais um passo importante. A Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, que reúne mais de 100 entidades, realizou na última quarta-feira (20/05), em Brasília, um ato para simbolizar a entrega de mais de 700 mil assinaturas que defende o Projeto de Lei (PL) de Iniciativa Popular.
Publicado 25/05/2015 11:45 | Editado 04/03/2020 16:25
A caminhada e o ato cultural reuniu cerca de 5 mil pessoas na capital federal e contou com a participação de entidades como a OAB, CNBB, centrais sindicais, movimentos estudantis e sociais de diversas frentes. O PL da Coalizão apresenta uma proposta de representação política mais identificada com a maior parte da sociedade, tendo como quatro pontos principais a extinção do financiamento das campanhas por empresas, a paridade de sexo, eleições proporcionais em dois turnos e aperfeiçoamento de mecanismos de democracia direta.
O vice-presidente do PCdoB-CE, Benedito Bizerril, acompanhou as manifestações em Brasília. Junto com Jadson Cruz, secretário geral da OAB-CE, o advogado representou o Estado no ato político. “Esta movimentação se dá no momento em que se discute, em via de ser votada, a contrarreforma que tramita no Congresso que provavelmente será colocada logo em votação. Esta proposta contraria frontalmente a elaborada pelas entidades populares, que, ao contrário de fortalecer e institucionalizar o poder financeiro nas campanhas e desrespeita o princípio de que o poder emana do povo, busca aprofundar a democracia no país e defende uma maior representação do povo nos parlamentos”, reforça Bizerril.
Segundo o advogado cearense, mais de 95% da contribuição financeira das campanhas provém de empresas. “Esta é a raiz da corrupção, que não é de agora. Este modelo antigo alimenta a corrupção em todas as esferas”, avalia. “Por isso as entidades apresentam este Projeto de Lei que dá resposta ao anseio da sociedade”.
O PL foi apresentado desde 2013 e até agora não foi encaminhado para a votação. “A coleta de assinaturas foi no sentido de pressionar o Congresso para avaliar, colocar em discussão e votação a proposta de iniciativa popular e não a antireforma que oferece o risco para o Brasil de um golpe à democracia”, defende.
Benedito Bizerril reforça que a mobilização continua. “Devemos continuar a coleta de assinaturas e principalmente a pressão sobre o parlamento para que coloque em discussão a proposta democrática das entidades. Muitos deputados assumiram a defesa dessa proposta.
Este é um momento importante na defesa da democracia que terá desdobramentos. Estamos certos de que essa luta continua e reunirá ainda mais forças. Aprovar a Reforma Política democrática é imprescindível para o país, pois abrirá caminhos para as reformas estruturais necessárias que o povo almeja”.
De Fortaleza,
Carolina Campos