Manaus e Roraima recebem campanha por mais mulheres na política
A campanha nacional Reforma – Mais Mulheres na Política, que está sendo levada aos estados pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado e a Secretaria de Mulheres da Câmara dos Deputados, com o objetivo de aumentar a participação feminina na política, foi lançada, nesta segunda-feira (18) em Manaus (AM) e Boa Vista (RR), na região Norte do país.
Publicado 18/05/2015 14:51
O lançamento da campanha em Manaus reuniu cerca de 70 vereadoras, seis prefeitas, oito vice-prefeitas, além da procuradora da Mulher no Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), encabeçando uma comitiva de parlamentares que viajaram de Brasília para prestigiar o evento.
Com a campanha, as parlamentares querem garantir que a reforma política, em debate no Congresso, inclua a proposta da bancada feminina de contemplar cada gênero com pelo menos 30% das cadeiras nos parlamentos.
“Somente assim os direitos de ambos os gêneros poderão ser garantidos de forma mais equiparada”, explicou Vanessa Grazziotin, destacando que a minirreforma eleitoral aprovada em 2013, que obriga os partidos políticos a destinação de ao menos 30% das vagas para candidatas mulheres a fim de incentiva candidaturas femininas, não contribui para alterar a realidade de sub-representação feminina nos parlamentos.
Este fato reforça a preocupação e necessidade de superar tais desafios para maior participação da mulher nos parlamentos brasileiros. Além disso, a minirreforma garantiu apenas que 30% das vagas para candidaturas sejam destinadas às mulheres, o que não garante a eleição desse mesmo percentual, explica Grazziotin.
A senadora Marta Suplicy (Sem Partido-SP) disse que a pretensão é aumentar este percentual gradativamente até alcançar uma cota de 50%, promovendo um espaço ainda mais igualitário para ambos os gêneros, tanto no Congresso Nacional, quanto nos parlamentos estaduais e municipais.
As mulheres, que representam 52% do eleitorado e 45% do mercado de trabalho, ocupam atualmente 10% da Câmara dos Deputados, 16% do Senado, 11% das assembleias legislativas e 13,3% das câmaras de vereadores. O Brasil é o 124° país do mundo com menor representação de mulheres em seu Parlamento. Na América Latina, o País está à frente apenas do Haiti.