EUA se reúne com aliados em busca de mais influência no Oriente Médio
O presidente dos EUA, Barack Obama, se reúne com líderes de seis países aliados no Golfo Pérsico, no segundo dia da cúpula sobre a segurança na região.
Publicado 14/05/2015 16:57

Obama recebeu, nesta quarta-feira (13), com um jantar na Casa Branca, as delegações de Omã, Barein, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Catar, os dois últimos países representados por suas máximas autoridades. Isso mostra a escolha do governo norte-americano em se aliar a países com um histórico reacionário.
Os convidados e o presidente dos Estados Unidos discutiram questões como a luta contra o terrorismo, as negociações nucleares com o Irã, a situação dos conflitos em curso no Iêmen, o Iraque e a Síria.
Obama enfatizou que existe uma "relação extraordinária" entre Washington e a Arábia Saudita (país que tem bombardeado o Iêmen, com apoio norte-americano, e provocado a morte de centenas de civis), especialmente no confronto contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
De acordo com os últimos dados divulgados pelas fontes sauditas, a campanha militar no Iêmen já ceifou a vida de mais de 3.800 pessoas, incluindo 503 crianças e 218 mulheres, enquanto o número de feridos supera 8 mil pessoas.
"(A Arábia Saudita) tem sido absolutamente crucial, não apenas para manter a estabilidade na região, mas também para proteger o povo americano", disse Obama.
Por sua vez, o príncipe herdeiro Nayef Bin disse que a Arábia Saudita atribui "grande importância para a relação estratégica" com os Estados Unidos.
A reunião, de acordo com autoridades estadunidenses, tem o objetivo de fortalecer a estratégica relação de 50 anos entre os EUA e o regime de Riad.
De qualquer maneira, os especialistas dizem que esta cimeira do Conselho de Cooperação do Golfo busca convencer os aliados estadunidenses de que as negociações e possíveis acordos com o Irã serão benéficos para todos.
Na véspera da reunião, Obama fez uma declaração a um jornal árabe baseado em Londres (capital do Reino Unido) na qual analisa um suposto apoio iraniano ao terrorismo, o que tem sido interpretado como uma tentativa de manter felizes os aliados de Washington no Oriente Médio.
O ministro do Exterior do Irã, Mohammad Javad Zarif, reagiu ao que considerou como calúnias da política externa de Obama.