Mídia golpista vai para o vale tudo: Factoide, distorção e mentiras
O atual momento político exige uma avaliação crítica quase que diária. O consórcio golpista (formado pelo PSDB, demais forças da direita e a mídia) tem criado factoides criminosos que ganham ares de verdade nas manchetes e artigos dos colunistas fabricantes de mentiras.
Por Dayane Santos
Publicado 12/05/2015 14:14
A disputa política ganhou proporções nunca vistas. A indicação da presidenta Dilma Rousseff de um novo nome para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou as manchetes dos jornais e a oposição utilizou a sabatina como instrumento de disputa política. Nenhum outro indicado precisou responder a tantos questionamentos políticos e pessoais, como Luiz Edson Fachin.
A mídia, por sua vez, escancarou o seu jogo de mentiras, não importando os fatos. Agora, o jogo se transformou em uma verdadeira guerra de boatos e difamações.
“Colunistas” relatam supostos diálogos entre lideranças políticas do governo como se estivessem na sala de reuniões ou expectadores de um reality do governo.
Réus confessos e presos por lavagem de dinheiro e corrupção são colocados em um altar e canonizados pela imprensa. Resolvem “contar tudo” e o que sai de suas bocas, inclusive a opinião política, é considerado fato verídico que não merece contestação, afinal eles se arrependeram.
Mesmo que esses “fatos” sejam desmascarados, a mídia mantém a mentira. Nesta terça-feira (12), por exemplo, em sua coluna na rádio CBN, Arnaldo Jabor disse que “Lula aprovava a estratégia do mensalão”. Seu comentário foi baseado num factoide criado pelo O Globo em que se afirmava que Lula havia confessado ao então presidente do Uruguai, Pepe Mujica, numa conversa sobre o mensalão, que aquela era a única maneira de governar o Brasil. No entanto, o próprio Pepe Mujica desmentiu a falácia no domingo (10).
No depoimento do doleiro Alberto Youssef à CPI da Petrobras, nesta segunda (11) em Curitiba (Paraná), o doleiro referindo-se ao seu esquema de propinas disse: “Confirmo e digo que isso é no meu entendimento. Não digo que havia uma coordenação [do Planalto], mas acredito que eles tinham conhecimento, no meu entendimento, do que acontecia”.
Para essa mídia, a suposição de um criminoso vale mais do que o fato do senador Aécio Neves (PSDB) ter sido citado no esquema de propinas de Furnas e aparecer na lista de pagamento do doleiro Youssef e não ter sido investigado.
Vale mais do que o fato dos tucanos terem recebido R$ 10 milhões em propina pagos ao então presidente do PSDB Sergio Guerra, conforme disse Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras.
Portanto, o que ocorre no Brasil não é um enfrentamento de ideias e o exercício legítimo da liberdade da imprensa. Mas uma violação ao Estado Democrático de Direito.
Nessa guerra vale tudo: o factoide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira descarada. A mídia assume a posição de partido político de oposição e tem gente que ainda se ilude com essa máfia.
Vale ressaltar, que essa reação é resultado do desespero dos derrotados nas urnas, que sofreram a quarta derrota consecutiva e transformaram o inconformismo em ódio visceral contra as forças do povo.
Não existe dúvida de que o país necessita urgentemente da reforma política e da regulação da mídia, como forma de promover e consolidar a democracia e romper esse ciclo de violações e abusos.
Mas antes das reformas é preciso assumir efetivamente o posto na batalha da comunicação. Dilma e as forças progressistas só venceram as eleições porque frontalmente reagiram aos crimes da grande mídia, como aconteceu às vésperas do segundo turno da eleição, no ano passado, em que o factoide da Veja foi desmascarado.
Portanto, a reação deve ser proporcional, não somente para defender os interesses políticos do PT e das forças progressistas, mas principalmente, para reagir em defesa do povo brasileiro e da democracia, que tem suas conquistas ameaçadas por essa direita conservadora e reacionária.
Do Portal Vermelho