Fachin será sabatinado no Senado para vaga no STF 

O jurista Luiz Edson Fachin será sabatinado, nesta terça-feira (12), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, para ter seu nome aprovado como novo integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga de Joaquim Barbosa. 

Fachin será sabatinado no Senado para vaga no STF - Agência Senado

Relator da indicação, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) prevê que o nome será votado hoje mesmo pela CCJ, devendo o Plenário manifestar-se sobre a indicação somente na sessão desta quarta-feira (13). Se a sabatina encerrar-se cedo, hoje ainda o senador apresentará requerimento de urgência, a fim de que a decisão siga para o Plenário imediatamente.

Há duas semanas, em reunião da mesma CCJ, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), relator da matéria, apresentou parecer favorável à indicação, concluindo que Luiz Fachin reúne formação, experiência profissional e demais atributos necessários ao exercício do cargo de ministro do STF. Foi quando o presidente do colegiado, senador José Maranhão (PMDB-PB), concedeu vista coletiva aos senadores para examinarem a iniciativa.

Em seu relatório, Álvaro Dias frisou que a indicação tem o respaldo de comunidades jurídicas de todo o país, sendo apoiada por juristas, advogados, magistrados, docentes, associações de classe na área do Direito e de toda a bancada federal do Paraná.

Fachin chegou logo cedo no Senado acompanhado da esposa Rosana, das filhas Milena e Camila, dos genros e de vários advogados do Paraná, estado onde fez carreira como advogado e jurista. Ele aguarda na CCJ o início da sabatina.

Críticas infundadas

O nome de Fachin sofreu algumas críticas de senadores do PMDB e da oposição. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) apontou irregularidades, afirmando que o indicado exerceu advocacia privada embora já sendo procurador do estado do Paraná, o que, no seu entendimento, contrariava a lei estadual.

Em defesa do indicado, Álvaro Dias argumentou que Fachin tomou posse no cargo de procurador antes da entrada em vigor da Constituição estadual de 1989, não estando sujeito à proibição de advogar. No mesmo sentido, o senador José Pimentel (PT-CE) disse haver decisão do STF pacificando a questão.

Outros senadores, como Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aécio Neves (PSDB-MG), defenderam a realização de audiências públicas antes da sabatina, para que esse e outros questionamentos possam ser esclarecidos, mas a maioria rejeitou a ideia, preferindo arguir diretamente o indicado durante a oitiva.

“Bom senso”

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse, nesta segunda-feira (11), que o governo está confiante no “bom senso” do Senado para a aprovação do jurista para a vaga de ministro do Supremo.

“Estamos falando de um jurista respeitado, reconhecido, agora cabe ao Senado fazer a sabatina e fazer a apreciação do nome. O governo tem confiança no Senado, no bom senso do Senado e tem confiança no currículo de um jurista que hoje é um dos maiores do nosso país”, disse Edinho.

Gaúcho, Luiz Fachin estudou e fez carreira profissional no Paraná. Professor titular da Universidade Federal do Paraná, fez mestrado e doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pós-doutorado no Canadá e é pesquisador convidado do Instituto Max Planck, da Alemanha.

Serviço:
Será a primeira vez que a CCJ realizará uma sabatina com participação popular, via portal e-cidadania. Vários cidadãos já enviaram a Casa perguntas a serem feitas ao jurista. Todas as informações e perguntas enviadas pelos internautas estão sendo encaminhadas ao relator, para que possam ser apresentadas a Luiz Fachin.

Do Portal Vermelho
De Brasília, com agências