Evo Morales relembra sequelas do neoliberalismo na Bolívia
O presidente boliviano, Evo Morales, recordou, nesta terça-feira (12), as sequelas deixadas pelo neoliberalismo no país e o prejuízo que provocou à economia e a outros setores da sociedade.
Publicado 12/05/2015 15:36

O chefe de Estado participou na inauguração da escola Aniceto Arce, na cidade de Oruro, e recordou que o neoliberalismo, instaurado no país desde 1985, só intensificou a profunda crise e deixou a maioria da população na pobreza.
"Essas políticas legaram-nos mais crise econômica, mais pobreza, mais desemprego. Custaram 20 anos para começar a recuperação do país: as empresas, os serviços básicos, as escolas, tudo estava privatizado. Em alguns países vizinhos tudo está privatizado, até o mar", recordou.
Segundo Morales, na época neoliberal, o Estado não tinha nenhuma responsabilidade e o governo não tinha dinheiro nem para pagar os professores, enquanto as escolas eram construídas graças à colaboração ou à administração dos próprios vizinhos, que se uniam para edificá-las.
E ainda, criticou as políticas dos Estados Unidos através da chamada Aliança para o Progresso e a chantagem que aplicavam constantemente aos países da região.
"Dos Estados Unidos diziam que a Bolívia era um Estado frustrado, sem soluções, e a melhor forma de resolver os problemas bolivianos era que o país desaparecesse", recordou e rememorou que quando surgiam movimentos políticos, vinham as ditaduras militares, golpes de Estado.
Segundo Morales, os governos passados reforçavam que não deveríamos nos opor às políticas dos Estados Unidos e diziam que a solução era assimilar o neoliberalismo e submeter-se ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.
Também destacou os projetos futuros e reforçou que dentro da Agenda Patriótica (um projeto governamental para acabar com a pobreza antes de 2025), "o grande desejo que temos é que nossa economia tenha força, que se industrializem os combustíveis, que cresça o tema energético".
"Daqui a pouco tempo não somente vamos exportar matérias primas ou combustíveis, mas também energia", finalizou, em alusão a um dos temas principais da campanha que o levou à reeleição em outubro.
Fonte: Prensa Latina