Para Rússia, celebração do Dia da Vitória foi "a maior da história"
Em celebração ao "Dia da Vitória", que marca a rendição dos alemães na Grande Guerra Patriótica, foram realizadas paradas militares neste sábado (9) em Moscou e em várias outras cidades russas, como São Petersburgo e Vladivostok.
Publicado 11/05/2015 08:59
A parada realizada em Moscou foi considerada a “maior da história”, com quase 200 peças militares e 143 aviões e helicópteros. Cerca de 30 dirigentes internacionais assistiram às festividades.
Entre outros, assistiram à parada o líder chinês, Xi Jinping; o cubano, Raúl Castro, e o venezuelano, Nicolás Maduro, além dos chefes de Estado de Índia, Egito, África do Sul e Vietnã. Alguns líderes ocidentais recusaram o convite do presidente Vladímir Putin para acompanhar a cerimônia na capital.
Putin recebeu líderes mundiais em Moscou, como o presidente cubano Raúl Castro
Putin agradeceu a contribuição da coalizão aliada para a vitória contra a Alemanha nazista, há 70 anos. A vitória "sempre seguirá sendo o ápice heroico da história de nosso país, mas também nos lembramos de nossos aliados na coalizão anti-hitlerista. Agradecemos aos povos de Reino Unido, França e Estados Unidos sua contribuição para a vitória", disse, ao discursar durante o evento na Praça Vermelha.
O presidente russo também defendeu a criação de um sistema de segurança livre de blocos militares, em referência clara à Otan. "Nossa tarefa comum deve ser a criação de um sistema de segurança igualitário para todos os Estados. Um sistema adequado às ameaças atuais, construído sobre a base dos princípios regionais, globais e não alinhados", disse Putin. Nos últimos anos, "vimos tentativas de se criar um mundo unipolar. Vemos como se desenvolve uma mentalidade de força, de blocos militares", declarou.
Diante de milhares de convidados e veteranos da guerra que assistem ao desfile, afirmou que a "aventura hitlerista foi uma lição horrível para toda a comunidade internacional". "Agora, 70 anos depois, a história de novo apela a nossa razão e nossa vigilância. Não devemos esquecer que a ideia de supremacia racial e exclusividade levou a mais sangrenta das guerras", acrescentou.
Pela primeira vez na história, foi feito um minuto de silêncio em memória dos mortos no conflito durante o desfile militar.
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