Já são mais de 100 incursões aéreas contra o Iêmen
O Iêmen é alvo central hoje de bombardeios indiscriminados do grupo árabe liderado pela Arábia Saudita parte dos quais destruíram a residência do ex-presidente Alí Abdullah Saleh.
Publicado 10/05/2015 17:05
Tropas leais ao ex-presidente estão aliadas com o movimento huti Ansar Allah em uma ofensiva que tem conseguido controlar a maior parte do país, incluída a cidade portuária de Aden, último reduto do presidente Abd Rabu Mansur Hadi, exilado na vizinha Arábia Saudita.
A residência de Abdullah Saleh, que não se encontrava no lugar, está localizada em um distrito de classe alta e é agora um montão de ruínas das quais se levanta uma densa coluna de fumaça.
O crescido número de incursões é uma virada da estratégia das duas semanas anteriores quando os ataques se concentravam em Aden, onde os hutis e os parciais de Abdullah Saleh arrebataram nesta semana o palácio presidencial e outros distritos aos leais a Mansur Hadi.
A coalizão de 10 países árabes lançou um ataque contra a cidade de Saada, norte, reduto dos hutis, qualificado pelo Coordenador Humanitário da ONU para Iêmen de violação da legalidade internacional.
O bombardeio indiscriminado de áreas povoadas com ou sem aviso prévio, é uma contravenção da lei humanitária internacional, disse o coordenador da agência, Johannes vão der Klaauw.
A intensidade da crise pelo aumento dos bombardeios põe em dúvida a entrada em vigor de um cessar- fogo de cinco dias anunciado dias atrás pelo porta-voz do grupo árabe, liderado por Arábia Saudita e que inclui a Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar, Omã, Egito, Sudão, Jordânia e Marrocos.
O cessar-fogo, decretado para permitir a chegada de ajuda à população civil, deve entrar em vigor passado manhã.
Fonte: Prensa Latina