Presidenta do Chile anuncia mudanças em todo o gabinete ministerial

A presidenta do Chile, Michelle Bachelet, surpreendeu a opinião pública e a classe política em geral ao anunciar que fará uma remodelação do gabinete de governo nas próximas 72 horas.

Bachelet - Scott Eells/ Bloomberg

Embora durante as últimas semanas tenham ocorrido especulações sobre a possibilidade de mudanças em seu gabinete, a chefe de Estado só deu a informação na noite desta quarta-feira (7) durante uma entrevista para um programa de televisão com o popular apresentador Mario Kreutzberger. "Há poucas horas, eu pedi a renúncia de todos os ministros e em até 72 horas tomarei a decisão sobre quem vai ficar e quem vai sair", disse a mandatária.

As primeiras perguntas giraram em torno do chanceler Heraldo Muñoz. Ele é o chefe da delegação do Chile nas reuniões em Haia, no Tribunal Internacional de Justiça, que tratam do pedido da Bolívia por um acesso soberano ao Oceano Pacífico.

No entanto, fontes não oficiais, dizem que o chefe da diplomacia do país deverá seguir no cargo, o que não foi confirmado pelo Palácio de La Moneda. Bachelet disse na entrevista que não tomou esta decisão antes por conta da situação do país.

A dignatário, com um baixo nível de popularidade, agora, revelou que o momento mais difícil de seu governo foi o caso envolvendo seu filho e sua nora, "o caso em si ocorre porque as pessoas não acreditaram em mim ( …) ".

Ela se refere ao caso de um negócio imobiliário que ainda está sendo investigado no qual o seu filho mais velho é acusado de tráfico de influência. No programa, sobre atualidade chilena, a presidenta disse que o país vive uma crise de desconfiança e pediu desculpas por “importantes erros” cometidos, referindo-se a forma como lidou com o escândalo de corrupção, envolvendo o filho, Sebastian Davalos, e a nora, Natalia Compagnon.

“Não tive a força de ter criticado o que deveria ter criticado”, disse Bachelet. A presidenta ficou sabendo do escândalo enquanto estava de férias. A revista chilena Que Pasa denunciou que Sebastian Davalos e a mulher Natalia Compagnon teriam usado “informação privilegiada” e “tráfico de influências” para obter um empréstimo bancário equivalente a US$ 10 milhões.

Do Portal Vermelho, com informações da Prensa Latina e da Agência Brasil