Lava Jato: STF autoriza busca e apreensão no gabinete de Cunha
O Supremo Tribunal Federal autorizou uma operação de busca e apreensão no gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A operação atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República e é parte das investigações da operação Lava Jato. Cunha é suspeito de se beneficiar do esquema de corrupção da Petrobras e está entre os 50 investigados com inquéritos no Supremo.
Publicado 06/05/2015 09:45
De acordo com depoimento do doleiro Alberto Youssef, o presidente da Câmara usou um requerimento da casa para chantagear um empresário. Nos registros da casa, Cunha aparece como autor de requerimento.
Ainda segundo o doleiro, Cunha teria apresentado o pedido para investigar uma fornecedora da estatal que teria interrompido o pagamento de propinas, a Mitsui.
A operação deve aumentar o grau de insatisfação de Cunha com o procurador Rodrigo Janot. Esta semana Cunha acusou Janot de ter uma “querela pessoal”, o que seria o motivo da investigação. Janot, por sua vez, aponta que “existem elementos muito fortes” para a investigação.
Mas os fatos deixam muitas dúvidas no ar. Cunha afirma que não é o autor dos requerimentos, apesar do sistema oficial da Câmara detectar o seu nome como autor e assinados pela ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ). Em sua defesa, Cunha afirma que “provavelmente” um computador de seu gabinete foi usado pela então deputada ou por algum assessor dela.
“Pode ser um funcionário dela que pode ter ido lá pedir à [minha] assessoria pra fazer, acontecia com vários deputados, até porque ela era suplente”, explicou.
Do Portal Vermelho, com informações de agências