Venezuela denuncia nova afronta dos Estados Unidos
O presidente da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, Diosdado Cabello, denunciou que o Congresso dos Estados Unidos premiará conhecidos opositores vinculados aos atos terroristas do início de 2014.
Publicado 30/04/2015 12:29
Cabello informou que no próximo dia 14 de maio, o reconhecimento será entregue ao prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, e ao dirigente da Vontade Popular, Leopoldo López, ambos detidos por conspirar e impulsionar ações violentas que no ano passado tiveram saldo de 43 mortos e mais de 800 feridos.
Em seu programa "Com el mazo dando", que transmite a estatal Venezuelana de Televisão, Cabello revelou que a informação foi adiantada pelo ex-presidente do Governo espanhol, Felipe González, que afirmou que acompanhará as esposas desses dirigentes da direita quando viajarem a Washington para receber a homenagem.
Para o líder parlamentar, trata-se de uma nova afronta do império por premiar Ledezma e López pela suposta defesa dos direitos humanos na Venezuela, quando é tudo ao contrário.
Cabello refletiu sobre o prêmio e perguntou se as pessoas que outorgam esta condecoração sabem que López e Ledezma estão vinculados com a morte de 43 venezuelanos além de conspirar para dar um golpe de Estado contra o Presidente Nicolás Maduro, em fevereiro deste ano.
O titular do parlamento recordou ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que López foi o principal impulsor de atos criminosos no início de 2014, como o incêndio de um centro pré-escolar com mais de 30 crianças em seu interior, entre outros.
“Seria uma afronta aos familiares das verdadeiras vítimas das guarimbas de 2014 (manifestações violentas) que premiem López por defender direitos humanos”, classificou.
Em outra parte do programa, Cabello revelou que instituições de segurança do país adiantam uma investigação sobre supostas vinculações entre o Plano Garra impulsionado pela empresa venezuelana Polar e uma entidade militar privada estadunidense, denominada Black Water.
"A empresa terrorista Black Water utiliza mercenários a serviço do Departamento de Estado dos Estados Unidos para conduzir operações na Síria, Líbia, Afeganistão e Iraque, especialmente para desestabilizar governos, para apoiar invasões e proteger interesses petroleiros", acrescentou.
"Isto é parte da guerra econômica. Por trás do Plano Garra podem ser encontradas operações ocultas e violentas de guerra não convencional para atacar o setor produtivo econômico nacional", sublinhou.
As relações Caracas-Washington permanecem tensas após o dia 9 de março, quando a Casa Branca declarou considerar a Venezuela uma ameaça para a segurança do país do norte.
Fonte: Prensa Latina