Senadora aponta caminho de recuperação da Petrobras
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) repercutiu, em discurso no Plenário do Senado, nesta quarta-feira (29), a fala do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, em audiência pública, no Senado, no dia anterior. Para a parlamentar, a fala do dirigente da Petrobras demonstra que a empresa está "ferida, mas não acabada", como sugerem alguns políticos e partidos que se aproveitam para voltar a defender a ideia de privatização.
Publicado 29/04/2015 15:00
A senadora criticou a atitude daqueles que, durante a explanação do Presidente da Petrobras, não apresentam solução para as questões discutidas, mas procuram unicamente “se aproveitar deste momento de fragilidade do nosso País – fragilidade econômica, fragilidade política, fragilidade moral – para dar o bote.”
Para ela, “fica muito claro o objetivo daqueles partidos que fazem oposição ao Governo Federal – para eles, as eleições não acabaram, mas continuam: o objetivo não é debater a crise, com o sentimento de superar a crise, não.”
Números do balanço
Vanessa usou alguns números do balanço divulgado recentemente pela petrolífera para afirmar que tem motivos para acreditar na recuperação da empresa. E, reproduzindo a fala de Bendine, disse que apesar deste momento de muita dificuldade, os números do balanço da Petrobras demonstram que a empresa tem condições de se recuperar e gerar os recursos que o país espera contar para o seu desenvolvimento.
Ela lembrou que a Petrobras registrou perdas por desvalorização de ativos na ordem de R$ 44 bilhões, causadas principalmente pelo enfraquecimento do real frente ao dólar e pela queda do preço do petróleo em todo o mundo.
Em compensação, destacou que a produtividade foi elevada em 5% ao longo de 2014, período em que outras grandes petrolíferas diminuíram o ritmo de produção. Além disso, os investimentos totais somaram R$ 87 bilhões e a companhia fechou o ano com R$ 68 bilhões em caixa.
A senadora defendeu a punição de diretores corruptos e disse que o problema da corrupção não está no decreto que flexibilizou a atuação da empresa em processos licitatórios, nem no sistema de partilha.
“A corrupção não está no sistema de partilha nem no decreto que flexibilizou a Lei de Licitações. A questão é de gerenciamento, como disse o presidente ontem em audiência publica nas comissões de Infraestrutura e de Assuntos Econômicos no Senado”, opinou.
Vanessa Grazziotin disse ainda que viu na nova diretoria da Petrobras "boa vontade, empenho e competência" para a realização do resgate da empresa.
Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier