Conselho eleitoral da Venezuela prepara processo para legislativas
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) avança no processo para definir a quantidade de deputados que serão eleitos por cada um dos estados para ocupar as 167 cadeiras do Parlamento.
Publicado 24/04/2015 10:01
Face às eleições para a Assembleia Nacional, com data ainda a ser definida, o CNE termina os detalhes do processo, segundo um comunicado dessa instituição.
Sobre a projeção da população venezuelana de 30.825.782 habitantes, apresentada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), será determinada a distribuição dos 167 assentos legislativos.
“As circunscrições para a votação (87) serão as mesmas utilizadas para as eleições parlamentares realizadas em 2010”, apontou a presidenta do CNE, Tibisay Lucena.
Ele afirmou que as variações arraigam só no número de deputados, o que se deve à mudança nas estimativas populacionais registradas pelo INE.
Dos 167 assentos, 164 serão deputados pelos estados e três pela representação indígena.
De acordo com o diretor geral do Escritório Nacional de Infraestrutura Eleitoral do CNE, no caso da eleição dos representantes de comunidades originárias existem três circunscrições especiais: Ocidente (Zulia, Mérida e Trujillo), Sul (Amazonas e Apure) e Oriente (Bolívar, Delta Amacuro, Monagas, Anzoátegui e Sucre). “Cada uma delas escolherá uma pessoa”, explicou.
Atualmente a composição do Parlamento é de 165 deputados, a maioria deles pertencentes ao governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
No domingo (19), o PSUV realizou suas postulações às eleições primárias, previstas para o próximo dia 28 de junho, antes das legislativas deste ano.
Enquanto as eleições internas da opositora Mesa da Unidade Diplomática serão em 17 de maio.
Ambas contam com a assessoria técnica do CNE e já conhecem a metodologia e os instrumentos estatísticos utilizados para o projeto de cargos em eleição.
Recentemente, o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, advertiu sobre planos da direita venezuelana dirigidos a criar uma matriz de fraude propícia para impugnar um provável resultado adverso nas próximas eleições.
A Venezuela conta com um sistema eleitoral completamente automático e auditável, conceituado como o melhor do mundo pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, com experiência de observação e monitoramento de ao menos 92 eleições em diversos países.
Fonte: Prensa Latina