China promete apoio à cooperação asiática-africana
A China afirma estar pronta para assumir mais responsabilidades internacionais no apoio aos países em desenvolvimento. Xi disse na Conferência Ásia-África, na Indonésia, que a China vai promover a cooperação com os países asiáticos e africanos, e que terá como base em suas ações o Espírito de Bandung.
Publicado 24/04/2015 11:23
Neste sentido, Xi apresentou três sugestões: impulsionar a cooperação asiática-africana; expandir a cooperação Sul-Sul, a fim de acelerar o desenvolvimento entre as economias em desenvolvimento, e promover a cooperação Sul-Norte entre os países em desenvolvimento e os desenvolvidos.
Ele disse ainda que a China vai promover firmemente a cooperação asiática-africana nas novas circunstâncias e estabelecerá uma série de programas concretos que abrangem as áreas da economia à cultura.
“Sob as novas circunstâncias, a China vai introduzir novos conteúdos no Espírito de Bandung e atualizar o seu apoio aos amigos na Ásia e África” disse Liu Hongwu, diretor do Instituto dos Estudos Africanos da Universidade Normal de Zhejiang.
A Conferência Ásia-África de 1955 deu à luz o Espírito de Bandung, que apelou à solidariedade, amizade e cooperação, procurando uma base comum e deixando de lado as diferenças, de modo a encontrar o desenvolvimento comum. Esse princípio se tornou uma norma internacional a reger as relações internacionais.
Xi anunciou no seu discurso que a China concederá, ainda neste ano, aos países subdesenvolvidos com que mantém relações diplomáticas o privilégio de taxa livre de 97% dos produtos importados e continuará a oferecer assistências aos países em desenvolvimento sem condições políticas extras.
“Os apoios chineses aos países em desenvolvimento, restringidos à infraestrutura na década de 1960, devido às suas capacidades limitadas, se ampliaram para a cultura, aviação e tecnologia”, disse Wang Dehua, professor do Centro de Estudos Internacionais de Xangai.
A China fornecerá 100 mil vagas de formação para os países em desenvolvimento da Ásia e da África nos próximos cinco anos. Ao mesmo tempo, 2 mil jovens asiáticos e africanos serão convidados a visitar a China e participar de uma série de atividades de intercâmbio, disse Xi.
Fonte: Diário do Povo