Sindicalistas cobram deputados cearenses sobre PL das Terceirizações
Com cartazes e faixas, cerca de 60 sindicalistas ocuparam na manhã desta terça-feira, (14/04), as dependências do aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza. Na pauta do ato, Cerca de 60 a cobrança aos deputados cearenses contra o PL 4330, que trata sobre as terceirizações, que deve ter votação retomada no Plenário do Congresso.
Publicado 14/04/2015 10:54 | Editado 04/03/2020 16:26
Os sindicalistas do Sindsaúde, Sindiguardas e Apeoc não pouparam vaias aos deputados que votaram a favor do PL 4330, que flexibiliza as terceirizações, colocando em risco os direitos dos trabalhadores. Houve bate-boca com o deputado Adail Carneiro (PHS), que afirmou ter votado “no que era certo”. Ele foi chamado de traidor e embarcou enquanto era vaiado pelos manifestantes. Quem também foi abordado pelos sindicalistas e vaiado foi o deputado André Figueiredo (PDT), que também votou contra os trabalhadores.
Quem apoiou o protesto foi o deputado Chico Lopes (PCdoB), que fez uso do megafone para falar com os trabalhadores presentes e confirmar seu posicionamento contra o PL da Terceirização.
Já o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB), que também tinha a cara estampada nos cartazes como “traidor procurado”, saiu pela tangente e escapou da abordagem dos sindicalistas.
Para entender
O texto-base do Projeto de Lei 4330, PL da Terceirização, foi aprovado no dia 8 de abril por 324 votos a favor e 137 contra. Os deputados tinham até a tarde desta segunda (13) para apresentar suas emendas de destaque ao texto. A previsão é de que cerca de 100 emendas sejam apresentadas.
A maior parte das emendas de destaque a serem apresentadas, segundo informações de vários destes gabinetes, pede a alteração, no PL, de itens sobre os seguintes temas: terceirização na atividade-fim (o projeto autoriza a terceirização em todos os tipos de atividade), responsabilidade da empresa contratante em relação aos direitos trabalhistas e a questão da filiação dos terceirizados ao sindicato da atividade preponderante da empresa contratante.
Fonte: Sindsaúde