Estudantes da Uninove são proibidos de realizar eleições do DCE
Os estudantes ligados ao movimento estudantil na Uninove, maior universidade privada do país, localizada em São Paulo, denunciam represálias por parte da instituição durante o processo de eleições para a nova diretoria do DCE.
Publicado 14/04/2015 15:57
O que poderia ser considerado o maior processo democrático de estudantes, com mais de 150 mil participantes, agora sofre golpes e será realizado na clandestinidade. Isso porque a universidade proibiu a realização das eleições dentro de suas dependências e tem perseguido os alunos envolvidos com a campanha, afirmam os integrantes das chapas concorrentes.
De acordo com os estudantes, os funcionários responsáveis pela segurança do campus perseguem quem veste as camisetas das chapas, até mesmo dentro de sala de aula, e apreendem materiais de campanha afirmando não ser permitido “fazer propaganda dentro da universidade”. Como se fosse uma questão publicitária e não algo relacionado diretamente ao direito de organização civil coletiva conquistado com lutas históricas pela juventude brasileira.
Apesar da perseguição e da proibição da campanha, os estudantes resistem e vão realizar as eleições ao lado de fora da universidade, o processo que começou nesta terça-feira (14) segue até quinta-feira (16).
Para a presidenta da UEE-SP, Carina Vitral, os estudantes devem resistir e manter a organização na universidade por se tratar de um direito já conquistado. “É um absurdo que em plena democracia os estudantes sejam impedidos de se organizarem. Por isso os alunos da Uninove se uniram para realizar essas eleições na porta da instituição porque a Universidade não disponibilizará a estrutura necessária”, disse.
Os organizadores das eleições afirmam que o pleito vai acontecer nos cinco campi presenciais da universidade na capital paulista, são eles: Barra Funda, Vergueiro Santo Amaro, Vila Maria e Vila Prudente.
A redação entrou em contato com a assessoria de imprensa da universidade por meio de telefone e e-mail, mas não teve um posicionamento até o fechamento da reportagem.
Do Portal Vermelho,
Mariana Serafini