Comissão Política debate documento da 10º Conferência Nacional

O PCdoB conclama a todos e a todas militantes para debater o projeto político e o seu papel, a sua identidade e o seu lugar na atual crise conjuntural e crise que o campo de esquerda atravessa no país, construindo um partido forte e ajudando a impulsionar as transformações que Brasil tanto precisa.

Adalberto Monteiro, Secretário Nacional de Formação, fez a explanação na reunião da CP Estadual e ressaltou a ofensiva dos setores conservadores contra o governo popular e progressista instalado no Brasil há 12 anos.

Monteiro destacou a fúria desses setores que tentam golpear a presidenta Dilma, que além de se incomodarem com a longevidade deste ciclo, mas também por não concordarem com o conteúdo democrático, patriótico e de conquistas do povo durante este período, algo inédito na história do país.

Foi lembrada as manifestações de rua que a direita, pautada pela a mídia hegemônica, tem imprimido na sociedade. O dirigente comunista reforçou a tese de que mesmo sendo menor a de abril em relação a março, ela colocou de forma mais unitária o impeachment da presidenta, diferente da primeira manifestação que abordava vários temas. Adalberto lembrou que a operação Lava Jato ainda vai produzir muita matéria para desgastar o governo e tentar engrossar o coro dos golpistas nas próximas manifestações.

Ele lembrou os trechos do documento do 11º Congresso, em que o PCdoB apontava erros na condução da força hegemônica em não realizar as reformas estruturantes, ora por questões conjunturais, ora por erros na condução. Isso, ajudou a gerar essas insatisfações na sociedade.

Sobre a corrupção, Adalberto lembrou o item 34 do documento da Conferência, em que o PCdoB aborda o tema reafirmando que é preciso punir os corruptos e os corruptores, mas sem que isso seja motivo para privatizar a Petrobrás e nem entregar o mercado de grandes obras para os monopólios estrangeiros.

Hoje, o PCdoB é o único partido que defende unitariamente o mandato da presidenta Dilma. O papel dos comunistas é ter firmeza em defender o mandato da presidenta e rechaçar a ofensiva golpista, principalmente nas manifestações de rua e conversando com o povo. Mas cabe ressaltar a nossa independência, pois o PCdoB defende a legalidade do mandato, mas não se furtará de fazer as críticas ao governo, como é o caso do ajuste fiscal.

Adalberto fez um questionamento sobre o papel da esquerda e afirmou: “Ser de esquerda é ter coragem de enfrentar a maré reacionária que existe hoje no Brasil. Ser de esquerda hoje é ter clareza política de rechaçar o golpe”. E ainda fez um questionamento sobre o crescimento do Partido: “Quando o PCdoB vai crescer?”. O dirigente comunista responde que, “o Partido crescerá pela sua coerência e pela sua coragem política, não é por ter uma postura predatória em relação a crise no PT, pois essa nunca foi a postura dos comunistas”.

O Comitê de São Paulo vai imprimir uma agenda de debates nas regiões do Estado para que o documento da Conferência atinja o máximo de comunistas, enriquecendo o debate partidário. Por isso, várias reuniões estão sendo montadas para a discutir as teses da 10ª Conferência Nacional.

Regiões marcadas:

11/4 – Campinas e Região
18/4 – Osasco e Região
24/4 – Araçatuba
25/4 – Guarulhos
25/4 – Sorocaba
8/5 – ABCD
9/5 – Capital (Fórum de Quadros)
9/5 – Vale do Paraíba
16/5 – Ribeirão Preto, Araraquara e região
16/5 – Marília e região
16/05 – Alto Tietê

Faltam marcar:
Bauru; Jundiaí; Alto Tiête; Baixada Santista e São José do Rio Preto