Justiça bloqueia R$ 120 milhões de investigados na Lava Jato
A Justiça Federal do Paraná determinou que seis suspeitos de terem participado de contratos fraudulentos tenham as contas bancárias bloqueadas. De acordo com a decisão da Justiça, o limite do bloqueio atinge R$ 20 milhões para cada um dos investigados.
Publicado 12/04/2015 15:50
A decisão consta nos mandados de prisão expedidos contra os suspeitos que foram detidos na sexta-feira (10). Dentre as pessoas que tiveram as contas bloqueadas, quatro estão presos: os ex-deputados federais Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), a secretária de Argôlo, Elia Santos da Hora e Ivan Mernon da Silva Torres.
Os outros são Marcia Danzi Russo Correa de Oliveira e Jonas Aurélio de Lima Leite, ela nora de Pedro Corrêa e ele empregado rural do mesmo ex-deputado. Ambos são apontados pelo Ministério Público Federal como laranjas de Corrêa em transações ilegais para lavagem de dinheiro.
Dentre as provas apresentadas pelo Ministério Público Federal para a prisão de André Vargas está um pagamento de R$ 2,4 milhões feito por Youssef em dezembro de 2013. Para justificar o recebimento, segundo a investigação, foram emitidas notas fraudulentas pela empresa IT7, que possui contrato com diversos órgãos públicos.
A acusação que recai sobre o ex-deputado Pedro Corrêa, já condenado na ação penal do mensalão, é de que ele tenha recebido valores diretamente de Alberto Yousseff. A investigação descobriu também uma variação patrimonial sem cobertura, ou seja, sem renda compatível.
Além disso, o ex-deputado continuou recebendo “mesadas” mesmo após ter o mandato cassado pelos colegas parlamentares em 2012. Uma série de pagamentos, segundo aponta a investigação, foi realizada pelo doleiro Alberto Youssef. Quanto a Argôlo, a suspeita é de emissão fraudulenta de notas e ele também é sócio de Youssef em algumas empresas de fachada.
Fonte: G1