Panamenhos exigem que país não seja usado para desestabilizar região
Organizações sindicais e sociais panamenhas exigiram, nesta quinta-feira (9), que o Executivo nacional se abstenha de usar o país como plataforma para uma política que tenta mudar governos legalmente constitucionais como Cuba e Venezuela.
Publicado 09/04/2015 12:43
O secretário-geral da Central de Trabalhadores do Panamá, Alfredo Graell, disse que se a contrarrevolução cubana e os opositores venezuelanos realizam atos violentos e manifestações, as organizações sociais panamenhas se dão o direito de protestar e frear este tipo de atividades.
Lembrou como, em 2000, Luis Posada Carriles e mais três terroristas tentaram colocar uma bomba, que se tivesse estourado, teria acabado com quatro faculdades da Universidade do Panamá e impactaria em um hospital da Caixa do Seguro Social.
“Aqui estão, tentando fazer atos terroristas, alguns daqueles que abraçaram Posada Carriles em Miami”, assegurou.
Graell denunciou que o Foro da Sociedade Civil é objeto de manipulação por parte da Organização de Estados Americanos (OEA), da direita internacional e da CIA.
Sobre esse tema afirmou que organizações nacionais e históricas como a Central de Trabalhadores de Cuba foram excluídas.
"Se falamos de foros democráticos, deve ser dada participação igual a todos", argumentou.
Em carta aberta enviada recentemente à Chanceler Isabel de Saint Malo, membros de 15 organizações sindicais, estudantis, populares e de solidariedade manifestaram sua profunda preocupação devido "as reuniões, atividades e mobilizações de protestos convocados por setores de oposição e dissidências das repúblicas de Cuba e Venezuela".
Por tais motivos "solicitamos respeitosamente ao governo nacional que tome as medidas apropriadas, caso contrário as organizações populares panamenhas faremos respeitar nosso país, ao mesmo tempo em que os responsabilizamos por qualquer situação lamentável que possa se apresentar, conclui a carta.
Fonte: Prensa Latina