CPI do HSBC quer ouvir envolvidos no trensalão tucano
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC quer convocar para depor o ex-diretor do Metrô de São Paulo, Paulo Celso Mano Moreira da Silva, e o ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Ademir Venâncio de Araújo, ambos investigados pelo Ministério Público no esquema do trensalão tucano.
Publicado 09/04/2015 10:46
A CPI do HSBC, que pode esclarecer grandes escândalos de corrupção do país, decidirá também pela convocação do presidente do HSBC no Brasil, Guilherme Brandão, para prestar esclarecimentos sobre as contas de brasileiros listados nos escândalo chamado de Swissleaks.
A lista do esquema é composta por mais de 8 mil nomes, incluindo empresários, políticos e celebridades com contas secretas do HSBC da Suíça. A lista com os nomes foi divulgada por um ex-funcionário do banco na Suíça, com as movimentações realizadas entre 2006 e 2007. O caso revelou dados de uma série de contas apenas numeradas na sede do banco em Genebra – o que serviu para esconder o real titular.
Os parlamentares informam que a CPI já consegue confirmar que o principal operador da Lava Jato, o doleiro Albert Youssef, mantinha contas na agência suíça, assim como vários dos envolvidos no escândalo de corrupção do Metrô de São Paulo e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo.
Entre os nomes vazados da lista de brasileiros com contas secretas do banco HSBC, esta o nome do primeiro vice-presidente do PSDB do Rio, membro da Executiva Nacional da legenda tucana e ex-tesoureiro da sigla, Márcio Fortes.
Em 2002, Fortes foi tesoureiro-geral na campanha do também tucano José Serra à Presidência da República. Ele foi deputado federal por três mandatos e presidiu o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 1987.
Está na pauta da comissão também um requerimento solicitando à Receita Federal um informativo detalhado sobre a declaração ou não das contas. A comissão também quer aprovar um pedido de informações ao Banco Central sobre dados pessoais de 129 listados no Swissleaks.
Do Portal Vermelho, com informações de agências