“Não admitiremos nenhum ataque à democracia”, avisa Renato Rabelo
“O Partido Comunista do Brasil não é uma sigla de discurso, é de luta e tem a história para comprovar isso”, afirmou Renato Rabelo, presidente Nacional do PCdoB, nesta terça-feira (31), durante plenária com mais de 100 entidades e lideranças políticas e sociais. O evento, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve como objetivo traçar ação de lutas para os próximos dias 7 de abril e 1º maio.
Da Rádio Vermelho, Joanne Mota e Toni C.
Publicado 01/04/2015 12:50 | Editado 13/12/2019 03:30
Construída pela energia de mais de 25 entidades, que assinam documento em defesa da democracia, do mandato da presidenta Dilma, da Petrobras e da reforma política com fim do financiamento empresarial de campanha, a atividade confirmou a força que permeia os movimentos sociais e sindical no Brasil nesse momento. Como ação consequente, os trabalhadores e trabalhadoras ali reunidos se reposicionaram em unidade para criação de uma frente ampla de defesa das conquistas inauguradas em 2002 com a vitória de Lula.
“Estamos diante de uma santa aliança das forças reacionárias, que não tem outro objetivo senão barrar nossas conquistas. Eles colocaram a cabeça de fora”, indicou Renato. Ele ainda avisou que a investida não é só no Brasil, mas em toda a América Latina. “Fiquem certos, o que eles querem é brecar o ciclo que nós, com muita luta, estamos construindo nessa região do globo. Região essa que aparece para o mundo em outro patamar”.
Renato Rabelo também disparou contra a mídia burguesa que serve de caixa de ressonância para o que há de mais retrógrado nesse país. “Todos os grupos de comunicação estão contra o governo que transformou esse país, que abriu espaço nas universidades, que deu acesso aos bens historicamente negados, ao Minha Casa Minha Vida. Isso incomoda e é contra isso que eles estão”.
E completou: “A defesa mais imediata é a defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff. Outra bandeira fundamental é a defesa da Petrobras e da engenharia nacional, fundamental para alavancar o desenvolvimento; e por fim, a reforma política, passo central para reforçar o combate a corrupção iniciado nos governos Lula e Dilma”.
Foto: Joanne Mota
Ditadura nunca mais
O líder do PCdoB ressaltou que os comunistas nunca se furtaram da luta e sempre estiveram na linha de frente de todas as batalhas em defesa de uma sociedade mais justa e avançada. Como construtores da história, afirmou Renato Rabelo, os comunistas sabem o que está em jogo nesse momento de investida golpista e, mais que isso, estão prontos para rebater o golpismo do consórcio oposicionista.
Ele lembrou que neste mesmo dia 31 de março, há 51 anos, os militares prepararam o golpe que mergulhou o Brasil em uma noite de 21 anos. “Minha geração viveu esse período, assistiu a pior versão da tortura e da morte. Pagamos com sangue, mas nunca desistimos do Brasil. Agora somos novamente convocados para defender nossas conquistas, defender um projeto nascido da luta dos trabalhadores. O PCdoB está ciente do seu papel e pronto para defender nosso projeto”, avisou o dirigente comunista.
Entre as entidades de marcaram presença estavam: a CTB, UNE, MST, MLT, CUT, UBM, UJS, Fora do Eixo, ANPG, Barão de Itararé e outros.