Novo imortal da Academia Brasileira de Letras é Evaldo Cabral de Mello    

O diplomata e historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello vai tomar posse na cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na próxima sexta-feira (27), às 21 horas. A cerimônia será no tradicional prédio da ABL, o Petit Trianon. O novo imortal foi eleito no dia 23 de outubro do ano passado e vai suceder o romancista, cronista, jornalista e tradutor João Ubaldo Ribeiro, que morreu no dia 18 de julho de 2014.

 

 

Evaldo Cabral de Mello - Companhia das Letras

Na posse, o professor e escritor Eduardo Portella fará a recepção em nome da ABL. Após o discurso de Evaldo, o presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, convidará o decano para a entrega da espada. A colocação do colar será feita pelo acadêmico Alberto da Costa e Silva, e a entrega do diploma, por Alberto Venancio Filho. Depois disso, Evaldo Cabral de Mello será declarado empossado.

O diplomata, que é irmão do poeta João Cabral de Mello Neto, nasceu no Recife, em 1936, e mora no Rio de Janeiro; estudou filosofia da história em Madri e em Londres; entrou para o Instituto Rio Branco em 1960 e, dois anos depois, iniciou a carreira diplomática, com passagens nas embaixadas do Brasil em Washington, Madri, Paris, Lima e Barbados; participou de missões do Brasil em Nova York e em Genebra; e trabalhou nos consulados-gerais do Brasil em Lisboa e Marselha, no Sul da França.

Evaldo Cabral de Mello se especializou em história regional e no período de domínio holandês em Pernambuco, no século 17. Sobre este assunto, escreveu livros, como Olinda Restaurada (1975), sua primeira obra; Rubro Veio (1986), sobre o imaginário da guerra entre Portugal e Holanda; e O Negócio do Brasil (1998), sobre os aspectos econômicos e diplomáticos do conflito entre portugueses e holandeses.

Além de João Ubaldo, autor de Viva o Povo Brasileiro e outras obras, a cadeira 34 foi ocupada pelo fundador João Manuel Pereira da Silva (Barão do Rio Branco), Lauro Severiano Müller, Dom Aquino Correia, R. Magalhães Jr. e Carlos Castelo Branco.

Fonte: Agência Brasil