China e Japão realizam primeira reunião sobre segurança em 4 anos
Funcionários das Relações Exteriores e da Defesa da China e do Japão iniciaram, nesta quinta-feira (19), uma reunião sobre segurança de alto nível na capital japonesa, a primeira entre os dois países em mais de quatro anos.
Publicado 19/03/2015 11:14
Liu Jianchao, ministro assistente da chancelaria chinesa, disse na reunião que a situação de segurança internacional mudou dramaticamente nos quatro anos e a situação ao redor da China e do Japão se tornou também mais sofisticada durante esse período.
“É importante manter o diálogo entre os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa dos dois países pois os dois lados são vizinhos importantes e poderes regionais”, disse Liu, acrescentando que a reunião é também significante para manter a paz regional.
O diplomata chinês também pediu uma atitude sincera e pragmática para melhorar as negociações e a cooperação bilateral.
As relações China-Japão testemunharam um momento decisivo no ano passado com a assinatura de um acordo de quatro pontos, acrescentando que Pequim espera desenvolver as relações com o Tóquio, no espírito de tomar a história como um espelho para guiar o futuro.
O vice-ministro das Relações Exteriores do Japão, Shinsuke Sugiyama, disse que os laços Japão-China melhoraram gradualmente desde o ano passado quando os dois lados concordaram em estabelecer um mecanismo de contato de emergência aérea e marítima e as negociações de alto nível sobre a questão marítima.
“Os dois lados devem conversar diretamente a fim de resolver os problemas existentes nas relações bilaterais e realizar a cooperação relevante através das conversas”, acrescentou o diplomata japonês.
Os altos funcionários dos dois ministérios da defesa também participaram da reunião.
As conversações, iniciadas em 1993, foram organizadas pela última vez em Pequim, em janeiro de 2011, mas foram suspensas devido à ação unilateral do Japão de "nacionalizar" as Ilhas Diaoyu da China. Os laços China-Japão entraram em alta tensão devido à disputa territorial e aos assuntos históricos.
Fonte: Agência Xinhua