Ministério do Esporte entrega equipamentos para as Olimpíadas
De volta ao programa olímpico, após mais de um século, o golfe busca se desenvolver e popularizar entre os brasileiros. Para atingir tais objetivos, o Ministério do Esporte possui convênio com a Confederação Brasileira de Golfe (CBG) desde 2012, para aquisição de equipamentos, manutenção de equipe multidisciplinar e participação dos atletas em competições internacionais.
Publicado 15/03/2015 16:46
Nessa sexta-feira (13), foi a vez de o São Paulo Golf Club receber os aparelhos FlightScope X2 e Sam PuttLab – software e sistema de análise de movimentos -, em cerimônia que contou com a presença do ministro George Hilton.
“Temos o desafio de disseminar a prática do golfe. Este é um projeto que o governo está disposto a fazer os investimentos necessários. Mas, o maior legado das Olimpíadas será o Sistema Nacional do Esporte, uma política perene que dará continuidade a todos esses projetos”, destacou Hilton.
Ao lado do presidente da CBG, Paulo Cézar Pacheco, do presidente do São Paulo Golf Club, Mário Najm, e demais membros da comissão técnica da seleção brasileira, o ministro entregou os novos equipamentos e conheceu o campo de golfe do clube paulista.
O local recebe a terceira edição do Brasil Champions, torneio que conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte. O convênio do Ministério do Esporte com a CBG, no valor de R$ 3,12 milhões, dentre outras coisas, permitiu a aquisição de seis unidades de cada equipamento (FlightScope X2 e Sam PuttLab), usados em centros de treinamento regionais.
“Os investimentos do Ministério do Esporte são essenciais, porque somente com a sua própria receita, a Confederação não teria conseguido o avanço que estamos tendo”, explicou Pacheco.
O FlightSacope X2 é capaz de analisar em três dimensões (3D) e com extrema precisão os ângulos de ataque à bola, trajetória e voo. O programa de computador também detalha o comportamento do taco, como velocidade da cabeça, aceleração e planos de swing, por exemplo.
O Sam PuttLab é um sistema de análise e treino de putting, baseado em mensurações por ultrassom. Analisa em câmera lenta a precisão da tacada, fornecendo 28 parâmetros, tais como duração do movimento, rotação, tempo de impacto e direção.
“Temos seis conjuntos móveis, que ficam nos locais de treinos que a CBG usa como base – São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal, Santa Catarina, e um que se reveza entre Pernambuco e Bahia -, ou levamos para os eventos nos clubes, quando necessário. Esse nível de tecnologia nos coloca como os mais avançados da América do Sul”, destacou Pacheco.
Popularização
A visibilidade maior dada ao golfe por causa das Olimpíadas de 2016 tem sido aproveitada pela CBG para expandir a prática da modalidade entre os jovens. O programa de massificação desenvolvido pela entidade, Golfe para a Vida, atende a 50 mil crianças, em sete estados. A meta é triplicar este número no próximo ano, segundo o presidente da CBG.
“Nossos professores certificam os professores de educação física das escolas públicas e privadas em um trabalho que não é somente físico, mas trabalha com a cidadania. Dentro do programa, os clubes privados abrem as portas duas ou três vezes por semana para que os alunos tenham esse contato no campo, conheçam um pouco mais a prática do esporte. Esse é o caminho, influenciamos na vida social da família e queremos chegar a 160 mil crianças em 2016”, afirmou Pacheco.
Para o dirigente, outro legado das Olimpíadas será o primeiro campo público de golfe, que está sendo construído no Rio para receber os Jogos.
Sonho Olímpico
Durante o Brasil Champions, os melhores golfistas brasileiros terão a chance de somar pontos importantes no ranking mundial, critério de seleção dos atletas, um no masculino e outro no feminino, para representar o País nos Jogos Rio 2016. Um dos candidatos à vaga é Rafael Becker, 23 anos, que conquistou no fim do ano passado o Aberto do Brasil.
“Gostaria muito de estar nas Olimpíadas. É o sonho que todo atleta tem. Estou trabalhando para chegar nesse objetivo. Toda semana é importante para acumular pontos. O foco é no torneio que estou disputando e não tem como fugir disso. Não dá para ficar pensando lá na frente”, disse Becker, segundo melhor brasileiro no ranking mundial.
O Brasil Champions reúne 144 esportistas de 17 países, que lutam por US$ 850 mil em prêmios, sendo US$ 153 mil para o campeão. A disputa integra o Web.com Tour, circuito de acesso ao PGA Tour, principal campeonato do mundo.
O líder do ranking nacional, Daniel Stapff, 24 anos, acredita que o Brasil estará bem representado nas Olimpíadas, independente do golfista que se classifique. “Todos os jogadores que estão competindo pela vaga têm ótimo nível. A classificação vai depender de como cada um vai jogar daqui para frente. Com certeza o Brasil vai estar bem representado no golfe”.
Contemplado com o Bolsa Atleta, Stapff destaca que o apoio recebido pelos jogadores tem elevado o nível do esporte no País. “A diferença é grande, quando um esporte é olímpico, há mais público e exposição. A estrutura está crescendo, se profissionalizando. Hoje estou me sentido mais bem preparado para competir internacionalmente, com jogadores de fora, que têm esse apoio também. O fato de o país receber as Olimpíadas, o governo ajudar, o Bolsa Atleta, tudo isso somado dá um suporte maior para a gente competir."
No total, 35 golfistas são contemplados com a Bolsa Atleta, totalizando um aporte anual de R$ 455,1 mil.
Fonte: Portal Brasil