Reforma política democrática é tema de debate na AL

O juiz destacou a importância da reforma para que o país avance cada dia mais: “Nós temos eleições de baixa qualidade, que reduzem a força da nossa democracia. Nós estamos aqui tratando dos mecanismos para reverter isso. Primeiro, precisamos de eleições baratas e contas de campanhas transparentes, para que o fator econômico não seja o agente que desequilibra e garanta as eleições. Para isso nós precisamos impedir que empreiteiras e outras grandes empresas interessadas em alterar os resultados dos pleitos continuem figurando como doadores”.

Empenhado no projeto há três anos, Marlon Reis afirma que o movimento tende a crescer cada vez mais. “A atual conjuntura política, esse episódio conhecido como ‘Petrolão’, que envolve desvio de verbas de empresas para políticos está ajudando pedagogicamente a mostrar como esses desvios estão atrapalhando o Brasil. O movimento está crescendo muito, tem recebido o apoio da população e eu acredito que ele vá se tornar irresistível”.

Sobre o termo, o magistrado esclarece: “Irresistível significa vitória no futuro. Eu acho que nós temos plenas condições de acabar com o financiamento empresarial e mudar o sistema eleitoral para agregarmos transparência na maneira como votamos fora outras conquistas alcançadas pelo projeto, como a presença mais efetiva da mulher nos exercícios dos mandatos, e também a parte alusiva ao aprimoramento dos mecanismos de exercícios da democracia direto, com plebiscito, referendos e iniciativa popular”.

A atividade em Fortaleza fez parte de uma agenda nacional de mobilização em torno da Reforma Política democrática com o intuito de reforçar a campanha de coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de iniciativa popular. As assinaturas até agora estão em torno de 1 milhão. Para que vire lei são necessárias mais 500 mil assinaturas.

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Márlon Reis é juiz titular da 58ª zona eleitoral do Maranhão. O magistrado é um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa

Reis foi o primeiro juiz a impor aos candidatos a prefeito e a vereador revelar os nomes dos financiadores de suas respectivas campanhas, antes da data da eleição.

Ele é um dos fundadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, rede de abrangência nacional que reúne 50 das mais importantes organizações sociais brasileiras e congrega 330 comitês locais espalhados por todo o País.

De Fortaleza,
Mariana Cunha (especial para o Vermelho-CE)