França pretende aumentar sua presença militar na África
A França se prepara para aumentar seus efetivos militares na África onde hoje mantém uma forte presença com o alegado objetivo de lutar contra grupos extremistas.
Publicado 12/03/2015 10:17

Para isso, se preveem mais envios de tropas a vários países do centro e oeste desse continente a fim de combater o grupo extremista islâmico Boko Haram e outras ameaças na área do Sahel, informaram fontes do Ministério da Defesa.
Segundo o divulgado, o propósito principal será o apoio logístico às tropas de nações como Chade, Camarões e Nigéria, mas não a intervenção nos combates.
Em 14 de janeiro passado, uma semana antes do atentado ocorrido na capital francesa contra a sede do semanário satírico Charlie Hebdo, o presidente Francois Hollande anunciou a disposição em aprofundar a intervenção em conflitos externos e, portanto, a postura belicista.
Nesse mesmo dia Hollande comunicou a mobilização do Charles de Gaulle para intervir no Iraque com "ainda mais força e intensidade".
Desde que ocorreram os ataques, especialistas alertaram da instrumentalização dos atos violentos. Opinaram que os atentados, qualificados de barbárie terrorista, poderiam desencadear uma virada do Governo para a direita e um recrudescimento da islamofobia na Europa.
Advertiram sobre a possibilidade de que os últimos acontecimentos fossem utilizados para tentar justificar determinadas ações como a intervenção em conflitos armados no exterior.
A França é parte da coalizão internacional de cerca de 40 nações, 10 delas árabes, liderada pelos Estados Unidos, que bombardeia zonas ocupadas pelo autodenominado Estado Islâmico (EI), o movimento armado islamista que controla territórios no Iraque e Síria e está implantado na Tunísia, Líbia e Egito.
A França possui também bases em Chade, Níger, Costa do Marfim e Djibuti, e em 2010 devolveu oficialmente suas instalações ao Senegal, mas manteve um contingente nessa nação.
Fonte: Prensa Latina