Dilma: Brasil tem base sólida para vencer as dificuldades conjunturais
Durante a entrega das obras de expansão e modernização de três terminais do Porto do Futuro, no Bairro do Caju, no Rio de Janeiro, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou que o Brasil tem bases sólidas para enfrentar as dificuldades “conjunturais” da economia. Sobre as manifestações ela afirmou que devem ser vistas “com absoluta tranquilidade”.
Publicado 12/03/2015 16:21
“Uma conjuntura é um momento. Nós esgotamos todos os nossos recursos de combater a crise que começou em 2009, e que nós combatemos contra todas as características próprias da crise internacional daquele período. Quais foram elas? Primeiro, um elevadíssimo desemprego em todas as nações atingidas. Segundo, uma redução violenta da taxa de crescimento se prolongando nos últimos seis anos. Nós não deixamos que acontecesse no Brasil. E não deixamos usando como instrumento uma política de crédito bastante subsidiada como também uma política de desonerações fiscais”, lembrou Dilma.
"Trouxemos para as contas públicas e orçamento da União os problemas que, de outra forma, recairiam sobre a sociedade e os trabalhadores… Agora temos que usar outros instrumentos de combate", destacou a presidenta, explicando as recentes medidas aplicadas pelo governo. E completou: “Nós continuamos o combate para não trazer para o Brasil o desemprego e a baixa docrescimento estrutural e permanente. Quando nós combatemos estamos fazendo o que todo mundo faz na sua casa: reajustando as contas para seguir crescendo. Acreditamos que isso se dará nos próximos meses, chegando ao final do ano".
Direito de manifestação
Sobre as manifestações marcadas para os próximos dias 13 e 15 de março, Dilma afirmar ver os atos com “absoluta tranquilidade”. “Pode se manifestar, deve se manifestar, faz parte do crescimento do país, do aprimoramento da cidadania. Agora, sem violência”, salientou a presidenta. “Manifestação, no Brasil, a gente tem que olhar com absoluta tranquilidade. Todas as pessoas têm direito de se manifestar e criticar quem quer que seja", disse. E completou: “Só [há] uma coisa que nenhum de nós pode aceitar, é que isso se transforme em violência contra pessoas ou contra o patrimônio público ou privado", completou.
Dilma voltou a defender que as manifestações devem ser pacíficas, lembrando que outros atos deixaram vítimas como o cinegrafista da Band, Santiago Andrade, morto por rojão disparado em meio a protesto no centro do Rio de Janeiro, em 2013. “Foi um momento muito triste em um ciclo de manifestações importantes e pacíficas até determinado momento”.
Investimentos
A presidenta destacou que uma demonstração de que as bases econômicas são sólidas é a inauguração das obras dos terminais, que promovem uma transformação na infraestrutura logística brasileira. “Nosso país está passando por um momento de dificuldades conjunturais, mas nós somos um país que tem uma base sólida. Nenhum empresário decide investir em uma obra como essa sem estudo prévio, se achar que o Brasil não tem futuro. E nós estamos no Porto do Futuro porque o Brasil tem condições de crescer e gerar emprego e renda”, ressaltou.
Círculo virtuoso
A presidenta falou sobre a importância das parcerias entre os governos federal, estadual e municipal e o setor privado que permitiram, por exemplo, a inauguração dos terminais. Ela defendeu que, para o empresário, "dar previsibilidade é crucial" e que as parcerias gerem um "círculo virtuoso".
Dilma pontuou alguns dos projetos, como a abertura do processo de concessão da Ponte Rio-Niterói, marcada para o dia 18, além de intervenções no setor portuário. Segundo Dilma, são 38 investimentos totalizando R$ 1 bilhão, além de 27 pedidos em carteira em um total de R$ 11,2 bilhões. Segundo a presidenta, o país está removendo gargalos que foram criados por décadas e décadas de investimento insuficiente. O Porto do Futuro é o maior cais contínuo da América Latina, com 1,7 km de extensão.
Do Portal Vermelho, com informações de agências