A reunificação com a Crimeia evitou conflitos, afirma Putin

O presidente Vladimir Putin assegurou, nesta quinta-feira (12), que a Rússia atuou de maneira consequente e bastante dura há um ano na Crimeia para evitar consequências trágicas como as que são observadas hoje em Donbass (sudeste de Ucrânia).

Vladimir Putin

Ao prestar um depoimento para o documentário "Crimeia: O retorno à pátria", apresentado no canal Rossiya 1, Putin afirmou que para evitar que os acontecimentos ocorressem desse modo Moscou se viu obrigado a tomar as medidas necessárias.

O chefe do Kremlin ressaltou que o objetivo final da Rússia consistia em dar aos crimeios e à cidade de Sebastopol a possibilidade de expressar sua opinião sobre como gostariam de viver.

A ruptura da ordem constitucional em Kiev levou a república da Crimeia e a cidade sede da Frota russa do mar Negro a realizarem um referendo no dia 16 de março, no qual 96,77% dos votantes respaldaram a reunificação com o estado eurasiático.

A Crimeia foi parte da Rússia entre 1783 e 1954, quando por decisão do Partido Comunista da União Soviética foi colocada sob a jurisdição da República Socialista Soviética da Ucrânia.

Ao falar sobre o documentário "Crimea: O retorno à Pátria", o porta-voz do Ministério de Política Exterior e Segurança da União Europeia (UE), Maja Kocijancic, criticou o apoio do Kremlin aos partidários da separação de Kiev e a reunificação com Moscou.

"Estamos a par da produção desta fita, mas o que importa é que já condenamos e voltaremos a condenar a adesão da Crimeia e de Sebastopol", disse sem mencionar o caso de Kosovo com relação à Sérvia, exemplo que os líderes crimeios dizem imitar.

Kocijancic reiterou que sobre a base da Carta da ONU e do Processo de Helsinque a UE seguirá a política de não reconhecimento e a aplicação de medidas restritivas.

Comentou, no entanto, seus esforços em conseguir a plena implementação da trégua acordada em Minsk no último dia 12 de fevereiro entre os governantes ucranianos e as insurgentes Repúblicas Populares de Donetsk e de Lugansk.

Fonte: Prensa Latina