Tabaré Vasques assume novamente a presidência do Uruguai
O médico socialista Tabaré Vasquez assume a Presidência do Uruguai pela segunda vez neste domingo (1), com a promessa de continuar as politicas sociais dos últimos dez anos. Mas a festa de despedida do presidente Jose Pepe Mujica foi na sexta-feira (27), quando uma multidão lotou a Praça da Independência, no centro de Montevidéu, para homenagear o homem que colocou o pequeno país no mapa.
Publicado 28/02/2015 10:50
“Ate Mujica virar presidente, ninguém sabia muito bem o que era o Uruguai – agora estamos cheios de estrangeiros que querem morar aqui para seguir o exemplo de vida de Pepe”, explicou o comerciante Pablo Macarena.
O ex-guerrilheiro, que passou 13 anos preso na ditadura uruguaia, não renovou o guarda-roupa, nem trocou de casa ou carro, quando assumiu a presidência, em 2010. Mujica ganhou o apelido de “presidente mais pobre do mundo” por seu estilo austero – ele doa quase todo o salário para financiar obras sociais e dirige um velho fusca (que um xeque árabe quis comprar por 1 milhão de dólares, e Mujica se recusou a vender).
Na festa de despedida, Pepe Mujica recebeu de presente a bandeira uruguaia, que o acompanhou nos cinco anos de governo. O presidente agradeceu o povo pelo carinho, mas também pelas criticas. “Querido povo, obrigado por seus abraços, por suas criticas, por seu carinho e, sobretudo, obrigado por seu companheirismo todas as vezes nas quais me senti sozinho na presidência”, disse Mujica.
Tabaré Vasquez, que foi à despedida, prometeu continuar as políticas sociais de seu primeiro governo e do governo de Mujica. “Vamos seguir adiante com esse processo de desenvolvimento, que foi tão importante e que mudou o país nos últimos dez anos”, disse Tabaré Vasquez, em rápida entrevista na Praça da Independência.
Neste sábado (28), véspera da posse de Tabaré Vasquez, Pepe Mujica inaugura um parque de energia eólica, acompanhado pela presidenta brasileira, Dilma Rousseff. Depois de passar a faixa presidencial ao seu sucessor, Mujica assumirá, no Parlamento uruguaio, a cadeira de senador pela Frente Ampla – coligação de partidos de centro-esquerda, que está no poder.
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Fonte: Agência Brasil