OAB cobra STF e alerta: "vontade individual não deve prevalecer"
A luta pela reforma política tornou-se um tema premente no interior da luta em curso. Não há dúvidas de que essa reforma não é apenas um anseio dos setores avançados da sociedade, antes de tudo, ela se consolidou como um importante passo para o avanço e amadurecimento de nossa democracia.
Christiane Peres e Joanne Mota, da Rádio Vermelho
Publicado 26/02/2015 18:54
Desde o ano passado, com muita força, esse assunto volta à tona e a sociedade exige regras que alterem, significativamente, o sistema político-eleitoral, de forma a fortalecer os partidos, combater a corrupção e inibir a influência do poder econômico no processo eleitoral.
Nesta última semana de fevereiro, a Rádio Vermelho mergulhou fundo nesse debate e apresentou questões centrais que norteiam a necessidade dessa reforma. Nesta edição do programa Resistência, produzida em parceria com a jornalista da Liderança do PCdoB na Câmara Chrstiane Peres, apresentamos a reflexão do secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Souza – na foto acima, durante evento da Coalizão da Reforma Política Democrática e Eleições Limpas realizaram, nesta quarta-feira (25), na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Ele defendeu o fim do financiamento empresarial das campanhas e alertou que essa ação "deturpa o processo eleitoral e faz com que o poder econômico se converta em poder político. Em uma democracia o que deve prevalercer é o princípio de que cada cidadão tem direito a um voto, ou seja, cada cidadão tem igualdade e possibildiade de interferir nos destinos do país", explicou.
O secretário-geral da OAB ainda podenrou que foi identificado que o financiamento empresarial de campanha tem sido a causa de muitos escândalos de corrupção investigados hoje. Sempre quando nós aprofundamos o exame desses escândalos, verificamos que há ali um problema de financiamento. Isso tem acabar".
#DevolveGilmar
Claudio Souza destacou que a OAB tem expectativa que o minsitro Gilmar Mendes encaminhe seu parecer referente ao processo da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.650, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), contra o financiamento empresarial de campanhas eleitorais.
"É importante lembrar que já há uma maioria formada em torno da decisão sobre a validade a ação. Em um tribunal o que deve prevalecer não é a vontade individual do magistrado que o integra, mas a vontade do colegiado. Temos expectativas que o processo a avance, que se chegue a uma decisão final e que esta decisão seja pela procedência da ação, que significa declarar a inconstitucionalidade do financiamento empresarial de campanha no Brasil", pondeou ele.
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