Wagner: Lava Jato não pode comprometer capacidade técnica do país
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, defendeu nesta terça-feira (24) que os desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato não podem afetar o desenvolvimento e capacidade tecnológica do Brasil. Ele destacou que companhias como a Odebrecht, por exemplo, têm uma grande capacidade técnica e formam a “inteligência nacional” e, portanto, não podem ser desperdiçadas.
Publicado 24/02/2015 16:14
Ele manifestou preocupação quanto ao corpo técnico e o andamento das obras executadas pelas empresas investigadas, enfatizando que é necessário preservar a tecnologia nacional desenvolvida pelas empresas brasileiras. “Quem é que vai construir isso aqui se não for o corpo de engenheiros que ao longo de 30 ou 40 anos acumulou inteligência? Aí vamos ter que chamar americano, alemão, francês ou chinês para construir”, disse o ministro.
Jaques Wagner salientou a necessidade de, ao se investigar os casos de corrupção na Petrobras envolvendo as empreiteiras, não “jogar a criança fora junto com a água suja”. “Vamos jogar só a água suja [quem está envolvido em esquema de corrupção], mas vamos defender a criança, que são as nossas empresas”, acrescentou.
O ministro visitou as obras do estaleiro naval que construirá cinco submarinos para a Marinha, feitas pela Odebrecht. Wagner defendeu que as investigações não podem ser motivo para paralisar o governo.
“O Brasil tem que separar duas coisas: as investigações que correm no Ministério Público, na Justiça e na Polícia Federal e a nossa agenda de governo. Tem medidas contra a corrupção, que serão publicadas. Tem medidas contra a impunidade, que estão sendo preparadas. Nós não vamos parar o país para ficar assistindo o espetáculo da investigação. Esse item tem o seu contexto. Mas não vamos parar de trabalhar, porque o pessoal depende de emprego e de crescimento econômico”, disse o ministro da Defesa.
Fonte: Agência Brasil