Metalúrgicos de todo o Brasil acompanham as eleições em S.J. Campos

O Sindicato representa trabalhadores de cinco municípios: São José, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá, todos localizados no Vale do Paraíba, região localizada entre as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde se encontra um importante polo industrial e tecnológico.

Além de companhias de grande porte do ramo metalúrgico como a General Motors, a Embraer, a Avibras, a Hitachi e outras centenas de pequenas e médias fábricas, no entorno de São José dos Campos estão instituições como a Petrobras, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Cerca de 40 mil metalúrgicos e metalúrgicas são representados atualmente pelo Sindicato. Desse total, cerca de 22 mil estão aptos a votar nas eleições. Em 2012, a chapa de oposição, composta exclusivamente pela CTB, obteve 43% dos votos.

Sociedade de olho nas eleições

Em todo o Vale do Paraíba há um grande sentimento de rejeição em relação à atual direção do Sindicato, a ponto de extrapolar a categoria de metalúrgicos e atingir outros importantes setores da sociedade.

“A atual direção tem sido incapaz de dialogar com movimentos sociais, com o poder político, com lideranças comunitárias e religiosas e com outras forças sindicais. Isso trouxe grande prejuízo para nossa categoria, que se viu muito isolada nos últimos anos e não pôde impedir o fechamento de diversas fábricas”, relata Agnaldo Rodolfo dos Santos, candidato a presidente pela CHAPA 2.

Agnaldo, que é metalúrgico há 26 anos (sendo 20 deles na GM), foi testemunha de todo o processo de isolamento político do Sindicato. Nascido em São José, ele se preocupa com o futuro da categoria metalúrgica no Vale do Paraíba, por conta da importância desse setor para toda a economia da região. “O que aconteceu na GM é emblemático. Havia 12 mil empregos e hoje temos somente 5 mil trabalhadores na empresa”, lamenta o líder da CHAPA 2. “A ação do Sindicato gerou uma verdadeira fuga de investimentos em diversas empresas, que preferiram investir em outras regiões”, complementa.

Mudança de rumos

Ao se apresentar perante a categoria, a CHAPA 2 colocou como prioridade a devolução do Sindicato para o controle da classe trabalhadora. Existe, por toda a região, a percepção de que a atual direção prioriza seus interesses partidários, em detrimento das pautas de interesse dos metalúrgicos de São José e Região.

“Esse é um procedimento comum a todos os sindicatos conduzidos pelo PSTU/Conlutas. Em diversas bases os trabalhadores já rejeitaram esse modelo, pouco democrático e sem enfrentamento real com os empresários. Os metalúrgicos de São José terão a chance de mudar o rumo de sua entidade a partir de agora”, argumenta Marcelino Rocha, presidente da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal).

Composição da CHAPA 2

Oposição Metalúrgica é composta por trabalhadores e trabalhadoras de diversas empresas de São José dos Campos e Região, entre elas a General Motors, a Embraer, a Avibras, a Hitachi, a Wirex e a Parker, entre outras. “Temos alguns diferenciais em relação à outra chapa. Em primeiro lugar, temos o respaldo da CTB e da CUT, duas grandes centrais sindicais. Além disso, nossa chapa é composta 100% por metalúrgicos que estão nas fábricas, enquanto nossos adversários contam com supostos funcionários de empresas que já nem existem mais”, relata Agnaldo.

Confira abaixo a relação dos candidatos da chapa apoiada pela CTB e CUT:

Agnaldo Rodolfo dos Santos – Presidente
Welber Hasmann I. Pedroso (Locão) – Vice-presidente
Marcos Lobo de Oliveira – Tesoureiro
Luis Fabiano Costa – 1º Tesoureiro
Cláudio Luis Soares (Girafa) – Secretário-Geral
Evanildo R. Santos (Carrapicho) – 1º Secretário
Natália Aparecida Silva – 2ª Secretária
Heuneilton Ferreira de Melo (Nélio) – Diretor
João Paulo de Oliveira de Faria (JP) – Diretor
Lucas dos Reis Leite – Diretor
Nilson Aparecido Mendes – Diretor
Paulo Rogério Barbosa de França – Diretor
Paulo Sérgio Martins (Paulo Zoinho) – Diretor
Gerson Adriane Rocha (Jerrão) – Diretor
Alexsandro Donisete de Souza – Diretor
Valdo Rodrigues Soares Ferreira – Diretor
Pércio Luiz S. Nogueira – Diretor
Sérgio José Faria – Diretor
Carlos Donizetti Macedo – Diretor
Amarildo José Arouca Norberto – Diretor
Agnaldo José de Paula – Diretor
José Anésio de Oliveira – Diretor
Carlos Alberto de Paulo (Carlão) – Diretor
Washington Luiz Ferreira Melo (Farinha) – Diretor
Rafael Almeida Xavier – Diretor
Helena de Jesus Soares (Leninha) – Diretora
Sebastião Pereira Silva (Tião da Areia) – Diretor
Paulo José da Silva – Diretor
Emanuel Firmino Bastos Júnior (Tinga) – Diretor
Francisco Chagas de França (Chiquinho) – Diretor
Silvio Vieira (Araponga) – Diretor

Conselho Fiscal:
Ivan Caetano de Souza – Efetivo
Carlindo Mariano de Oliveira – Efetivo