Sob pressão, Grécia consegue quatro meses de prazo

Em meio a enormes pressões e chantagens da União Europeia e principalmente da Alemanha, a Grécia conseguiu nesta sexta-feira (20), um precário acordo com os demais países da chamada Eurozona para que seja prorrogado por quatro meses o aporte financeiro da União Europeia. Inicialmente, o país helênico pediu seis meses e se comprometeu a apresentar “um programa de reformas mais amplo”.

Grécia

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, detalhou quais serão os passos seguintes que Atenas será obrigada a dar no que chamou de “longo processo de reconstruir a confiança" entre os sócios europeus.

Dijsselbloem acrescentou que a partir da próxima segunda-feira (23), a Grécia deverá apresentar suas propostas assim como “um compromisso firme de não retirar-se das medidas nem tomar medidas fiscais unilaterais”.

Ao término da reunião, o ministro das Finanças grego, Yanis Varufakis, sublinhou que com o acordo serão impedidas medidas de choque como o corte das pensões ou o aumento do Imposto sobre o valor Agregado (IVA), ao tempo em que a meta do superávit primário “se ajusta plenamente às condições reais que a economia grega enfrenta”.

Fontes do governo grego asseguraram que suas prioridades serão as reformas para evitar a evasão fiscal e a corrupção, e que haverá um plano imediato para fazer frente à crise humanitária e reativar a economia.

O governo considera que agora conta com “o tempo necessário para começar a negociar a transição final de uma política de recessão, desemprego e insegurança social para uma política de desenvolvimento, emprego e justiça social".

O escritório do primeiro-ministro Tsipras ressaltou que “o governo procederá com calma em seu trabalho, contando com o apoio da sociedade grega, e seguirá negociando até alcançar um acordo definitivo antes do verão” (junho).

Prensa Latina