Irã valoriza nova era de cooperação militar com Rússia
O ministro iraniano de Defesa do Irã, brigadeiro-general Hossein Dehqan, afirmou neste sábado (21) que seu país e Rússia entraram em uma nova era de cooperação na esfera militar, enquanto o estado incrementa a produção na indústria militar.
Publicado 21/02/2015 12:56
Dehgan disse a jornalistas em Teerã que diversas companhias governamentais iranianas já iniciaram conversas com similares da Rússia, especialmente nas áreas de defesa e atividades militares para empreender negócios conjuntos.
Ele disse ainda que a boa cooperação ajudará também aos propósitos da república islâmica de enfrentar e derrotar a grupos "takfiristas" (terroristas islâmicos sunitas) que promovem os objetivos do regime sionista, em direta alusão a Israel.
De acordo com o titular de Defesa, as organizações islamistas radicais como o Estado Islâmico (EI) e o a Frente Al-Nusra "fomentam uma guerra em representação de Israel contra os movimentos da resistência".
E afirmou que "o regime sionista não é suficientemente valente para encarar por si só a onda de Resistência" no Oriente Médio, por isso os takfiristas operam na região em nome de Tel Aviv para "salvaguardar sua segurança".
Fabricação nacional
Por outro lado, o vice-diretor da Organização de Indústrias da Aviação do Irã (IAIO, na sigla em inglês), brigadeiro-general Abdolkarim Banitarafi, revelou neste sábado que o país persa está desenvolvendo uma gama de aviões não tripulados (drones) com objetivo de aumentar o alcance do voo.
A produção inovadora permitirá aos drones ganhar mais altitude e capturar imagens com maior nitidez, indicou o oficial cuja entidade é ligada ao ministério iraniano de Defesa.
Ele explicou que a IAIO desenha e fabrica aeronaves para diferentes funções, como a versão nacional do drone espião estadunidense RQ-170 que em dezembro de 2011 foi derrubado com mínimos danos sobre o espaço aéreo iraniano pela divisão de guerra eletrônica das Forças Armadas.
Banitarafi destacou que nos últimos anos Teerã tem feito grandes progressos no setor da defesa e conseguiu autossuficiência em sistemas e hardware militares essenciais, apesar de seu poderio militar se basear em uma doutrina totalmente dissuasiva, sem ameaças para outros países.
Fonte: Prensa Latina