Publicado 19/02/2015 10:35 | Editado 04/03/2020 16:26
O País assiste nos últimos dias uma aberta, estridente e ameaçadora movimentação golpista capitaneada pela direita antidemocrática e entreguista, pró ianque, liderada pelo PSDB e pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista).
A pregação golpista se expressa através de sucessivos e bem coordenados pronunciamentos, ou artigos, de autoria de credenciados porta-vozes dos interesses antinacionais de uma elite avessa à concretização de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com soberania e valorização do trabalho, alicerçado em profundas reformas estruturais.
Inconformada com a reeleição da Presidente Dilma, a oposição derrotada não quer admitir mais um período de governo democrático e popular, e lança mão de todos os meios ao seu dispor, para desestabilizar o governo e criar uma situação favorável à perpetração de um golpe, não importa se civil ou militar, ou, se possível, travestido de um impeachment.
Na verdade, nos encontramos, mais uma vez na história do Brasil, diante de um momento crucial. Para aprofundar o desenvolvimento e a democracia, em benefício de nosso povo e país, está posta a necessidade de se promover reformas estruturais profundas, a exemplo das reformas política, urbana, agrária, tributária, do judiciário e a regulamentação e democratização da mídia.
O que as forças reacionárias buscam desesperadamente, e com todo afinco, a exemplo do que já fizeram em 1954 (suicídio de Getúlio Vargas) e em 1964 (destituição de João Goulart), é impedir a realização dessas reformas que pavimentarão os caminhos de um novo Brasil, com mais progresso, mais democracia, mais justiça social e decisiva participação popular.
Para conter a sanha golpista, defender o Brasil e alcançar as reformas estruturais, é imprescindível uma grande e urgente mobilização da sociedade civil, com ampla participação das entidades dos movimentos sociais e dos partidos de esquerda, todos uníssonos, expressando-se, em vigorosas, massivas e vibrantes manifestações, contra o golpe, por mais democracia e reformas já.
*Benedito de Paula Bizerril é vice-presidente do PCdoB-CE e coordenador estadual da Fundação Maurício Grabois.