Segue tensão no Paraguai depois de repressão a trabalhadores
A tensão mantém-se, nesta terça-feira (17), em passos fronteiriços que unem Paraguai ao Brasil e Argentina, depois dos choques registrados na véspera quando a polícia foi enviada contra trabalhadores e pequenos comerciantes que protestavam por regulamentações oficiais.
Publicado 17/02/2015 12:06
Todos os noticiários televisivos e rádios e escritos seguem falando sobre à violência da repressão no Chaco paraguaio e mostraram imagens de manifestantes ensanguentados, além de recolher denuncias de condenação pela atitude policial.
Os trabalhadores e comerciantes recusam novas regulações ditadas, segundo os organismos correspondentes para obstaculizar ainda mais o contrabando, mas as quais introduzem proibições e documentações difíceis de cumprir pelos chamados paseros.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos denunciou mediante uma declaração o que denominou cruel repressão da Polícia aos paseros que se manifestaram tratando de fechar o trânsito em vias próximas à fronteira.
A declaração da Comissão acusou aos agentes porque, com autorização da Promotoria, reprimiu-os pelo suposto delito de opor a uma resolução que conspira contra seu árduo trabalho, fazendo referência à manifestação desenvolvida na zona conhecida como Vista Alegre.
Para essa instância a medida adotada pela Polícia Nacional é realmente desumana, para além de qualquer critério sobre a atitude dos paseros, referiu o documento, pois eles demandavam somente dialogar com as autoridades apropriadas e o resultado foi um saldo de feridos e numerosos golpeados.
O fechamento dos passos fronteiriços estendeu-se durante toda a jornada de ontem a cinco desses pontos onde funcionam as alfandegas e nos quais se repetiram nos últimos meses diversos incidentes.
Os paseros propõem que as autoridades apliquem todo o peso da lei a quem realizam pequenas importações inclusive pagando os impostos correspondentes mas nada fazem com as grandes empresas reiteradamente acusadas de ser as responsáveis pelos montes maiores do contrabando de produtos.
Os afetados se reunirão hoje novamente para determinar a forma em que continuarão sua luta pois ainda não se registrou comentário algum sobre os fatos por parte dos organismos oficiais.
Fonte: Prensa Latina