Oposição sofre de pobreza programática, afirma Cid Gomes
“Acredito que se recebe boas ideias de onde menos se costuma esperar,” disse o ministro da Educação, Cid Gomes, ao falar sobre as propostas da pasta, participação social e fortalecimento da Educação no Brasil. As declarações foram concedidas ao portal Brasil274.
Publicado 14/02/2015 11:28
O Ministro defende que "as boas ideias costumam surgir onde você menos espera. Confirmei isso quando era prefeito de Sobral, minha cidade. Nós estávamos fazendo um reservatório, na entrada de Sobral, quando um cidadão que eu nem conhecia me parou na rua para dar um ideia. Perguntou por que eu não aproveitava os fundamentos do reservatório para construir uma segunda ponte daquele lugar. Custaria muito menos e ajudaria a aliviar o transito na entrada de Sobral. Pedi a nossos engenheiros que fizessem os cálculos e eles acabaram concluindo que a segunda ponte era possível, e gastaríamos muito menos do que se tivéssemos de refazer tudo de novo. Fizemos a obra sugerida por um cidadão que me parou na rua, imagine, e foi um tremendo sucesso".
Oposição
Ao falar sobre os que torcem ou tentam criar crise no governo, Cid Gomes destacou que "os adversários do governo que querem um cataclisma acabam enxergando aquilo que querem ver. Torcem por uma crise grave. Não é como eu vejo. Na eleição para presidendência da Câmara houve uma disputa entre dois candidatos da base e agora é preciso chegar a um entendimento. Todos têm seus compromissos institucionais".
E completou: "Eu sempre torci pelo Brasil. Sempre enxerguei a política como instrumento para melhorar o país e não como uma finalidade em si. Papel de oposição não pode ser esse, de querer que as coisas se acabem para chegar ao governo".
Voto de confiança
Para o ministro, ao invés desse desassossego político, a oposição deveria assumir o papel de propor projetos para economia, para educação, para saúde e apoiar medidas que podem ser uteis para o país.
"O normal, depois de uma eleição, é dar um voto de confiança – no fundo, nada mais do que um voto de confiança no eleitor – para permitir que uem ganhou nas urnas possa começar a trabalhar. Só que não é isso que a oposição está fazendo", destaca.
Cid Gomes explica que, o movimento em curso, revela uma oposição pobre espiritualmente e programaticamente. "Sabemos que a maioria dos líderes de oposição não padecem de probreza material. A pobreza programática é que leva a torcer pelo quanto pior, melhor, quando deveria sossegar um pouco. Mas não vejo propostas [deles] para os problemas que eles mesmos apontam".
Políticas do MEC
Ao falar sobre as políticas do MEC, Cid Gomes ressaltou o sucesso do Fies, sistema que troca tributos devidos pelas escolas privadas ao Estado por bolsas destinadas a ajudar alunos de famílias mais pobres a pagar o ensino superior.
"O Fies é um sucesso absoluto.Porém, precisamos debater critérios e conceitos para seguir subsidiando estes estudos. Não estamos colocando em questão nenhuma bolsa já assegurada, nenhuma matricula já feita. O que queremos é debater o futuro. Vamos começar essa discussão. Por exemplo: será que o MEC deve seguir patrocinando matrículas em instituições que tem nota zero nos conceitos próprio ministério?
E completou: "Na minha opinião pessoal, a nota mínima para uma universidade fazer parte desse programa deveria ser 5. Eu acho que nesse patamar você tem seguança do que está fazendo. Mas é uma visão pessoal, do ministro, não do ministério. Isso deve ser debatido. Não é meu ponto de vista que irá prevalecer. Queremos construir um consenso, a partir do debate mais amplo possível".
Da Redação do Portal Vermelho
Joanne Mota, com informações do Brasil247