Comissão de inquérito irá apurar crimes contra a juventude negra
A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados iniciou, nesta primeira semana de fevereiro, coleta de assinaturas a fim de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a violência contra a juventude negra no Brasil. A coleta de assinaturas iniciou na manhã do último domingo (1º), durante a posse dos(as) novos(as) parlamentares.
Publicado 05/02/2015 13:36
Em entrevista, a ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, informou que já iniciou diálogo com os parlamentares. Em reunião com o deputado federal Vicentinho (PT/SP), líder do PT na Câmara e primeiro negro a tornar-se líder da bancada do partido, aministra externou seu apoio ao movimento no Congresso.
O encontro incluiu conversas referentes às perspectivas e projetos para a nova legislatura e a outras questões ligadas à pauta da igualdade racial, como a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 3.239 que questiona a constitucionalidade do Decreto 4.887, de 2003, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras quilombolas.
A ministra saudou o deputado pelo novo mandato e comprometeu-se em compartilhar a agenda legislativa da SEPPIR para o ano de 2015. Vicentinho também parabenizou a ministra pelo cargo, e afirmou que pretende estreitar as relações do seu mandato com o órgão de igualdade racial.
CPI sobre violência contra jovens negros
A proposta da CPI sobre a violência contra a juventude negra, apresentada à Câmara no início desta legislatura via requerimento do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), é apurar as causas, razões, consequências, custos sociais e econômicos da violência, morte e desaparecimento de jovens negros no Brasil.
De acordo com o Plano Juventude Viva, coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), Secretaria-Geral da Presidência da República e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), os homicídios são a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil e atingem especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos.
Da Redação do Vermelho
Com informações da Seppir