Laurindo: Dilma percebeu que a mídia tem lado e não é o do trabalhador
"A presidenta Dilma percebeu que a mídia tem lado e não é o lado dos trabalhadoras e trabalhadores que produzem a riqueza desse país", declarou Laurindo Leal Filho pesquisador e apresentador do programa VerTV, da TV Brasil, ao comentar suas últimas declarações da presidenta sobre o papel da mídia no Brasil.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho
Publicado 29/01/2015 18:10
A opinião de Laurindo Leal Filho parte do último discurso de Dilma Rousseff durante a abertura da primeira reunião ministerial do seu segundo mandato, realizada nesta terça-feira (27). Dentre as ponderações da mandatária ficou o aviso: “Nós devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação, sempre e permanentemente. Vou repetir: sempre e permanentemente… Reajam aos boatos. Travem a batalha da comunicação”.
Laurindo Leal lembra que, a postura da presidenta Dilma sobre a mídia, apresentada no final do seu primeiro mandato, já mostrou um avanço de percepção sobre qual o papel deste setor no seio da sociedade. Ele pondera que "esse processo que ela [Dilma Rousseff] sofreu fez com que ela começasse a ter um percepção um pouco mais apurada sobre o papel da mídia na sociedade brasileira. Diferentemente, do início de seu mandato, Dilma encerra essas quarto anos falando em regulamentação econômica da mídia, o que foi, sem dúvida alguma, um grande avanço. E foi além, ao se dirigir aos seus ministros pedindo que ele respondam às inverdades que são colocadas, diariamente, pela mídia sobre seu governo", refletiu pesquisador.
Para ele, esse movimento deveria inspirar um salto em dois sentidos. Primeiro, o fortalecimento dos movimentos sociais que estão na luta para emplacar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um Comuncacção Democrática (PlipCom). E, segundo, iniciar um outro movimento de fortalecimento, por parte do governo, dos veículos de comunicação pública existentes no Brasil.
Ministério das Comunicações
Ao comentar a indicação de Ricardo Berzoini para o Ministério das Comunicações, Laurindo Leal destacou ser essa um escolha acertada. "A trajetória do ministro Ricardo Berzoini no partido e no movimento sindical indica uma direção muita mais afinada com interesses maiores, da sociedade, dos trabalhadores e da democracia".
E completou: "Em suas primeiras declarações, o ministro já demonstrou que está disposto a avançar, pelo menos, na proposição de uma nova legislação para a comunicação, especialmente, no que se refere a regulação econômica".