Consenso integracionista caracteriza reunião de cúpula da Celac

A terceira Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) se encerra nesta quinta-feira (29), na Costa Rica,  em uma atmosfera em defesa da unidade e da integração regional. O encontro foi inaugurado na quarta-feira (28) com a presença de 21 chefes de estado e governo e outros representantes dos 33 países que integram o mecanismo, fundado em 3 de dezembro de 2011 em Caracas, na Venezuela.

Celac - AVN

Ao longo de mais de 10 horas, cerca de vinte mandatários expuseram a posição de seus governos em torno dos temas centrais da região, entre eles a necessidade de enfrentar juntos os novos desafios.

O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, expressou que a diversidade na reflexão e na unidade na ação têm de ser a maior fortaleza e a meta que oriente à Comunidade.

Os avanços nesse caminho foram marcados pelo presidente de Cuba, Raúl Castro, que destacou que "Nossa América entrou em uma época nova e avançou, a partir da criação da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos".

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"Desenvolver a unidade na diversidade, a atuação coesionada e o respeito às diferenças seguirá sendo nosso primeiro propósito e uma necessidade inevitável, porque os problemas do mundo agravam-se", afirmou.

A demanda de pôr fim ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba há mais de meio século foi unânime nos discursos dos chefes de Estado e Governo.

Os governantes também se congratularam pela decisão dos presidentes de Cuba, Raúl Castro, e dos Estados Unidos, Barack Obama, de restabelecer as relações diplomáticas entre os dois países, rompidas em 1961.

O respaldo ao processo de paz na Colômbia, a decisão de seguir avançando na luta contra a pobreza e as desigualdades sociais foram pontos coincidentes nas intervenções dos dignatários.

O início dos trabalhos nessa quinta-feira foi adiantado uma hora para dar tempo às intervenções dos mandatários restantes.

Solís elogiou a capacidade de resistência dos mandatários, dispostos a sustentar longas sessões de trabalho, e convidou-os a um jantar típico costarriquense como encerramento das atividades.

O chanceler do país, Manuel González, informou que os documentos que assinarão os chefes de Estado e Governo já se encontram prontos e são a declaração política, outras 25 sobre diversos temas e o plano de ação para 2015.

Fonte: Prensa Latina