Dez filmes para combater o preconceito contra LGBTs
O blog Cinema e Fúria fez uma seleção de dez filmes que contribuem para a desmistificação a cerca do cotidiano gay. Em busca de esclarecer e acabar com preconceitos, a equipe do blog acredita que o cinema seja uma boa ferramenta.
Publicado 23/01/2015 14:54
Os filmes selecionados buscam, desmistificar rótulos com sensibilidade e valorização da “sinceridade humana”.
Veja seleção do Cinema e Fúria:
Milk (Gus Van Sant, 2008) – Uma cinebiografia de Harvey Milk (1930-1978), político norte-americano que assumiu sua homossexualidade publicamente nos anos 70, sendo o primeiro homossexual assumido a ser eleito a um cargo público nos Estados Unidos.
Pride (Matthew Warchus, 2014) – É o verão de 1984 – Margaret Thatcher está no poder e a União Nacional de Mineiros (NUM) está em greve. Na Parada Gay, em Londres, um grupo de ativistas gays e lésbicas decide arrecadar dinheiro para apoiar as famílias dos mineiros grevistas. Mas há um problema. A União parece envergonhada de receber o seu apoio. Mas os ativistas não se sentem impedidos: decidem ignorar a União e encontrar os mineiros. Eles encontram uma aldeia mineira meio escondida, nas profundezas do País de Gales, e partiu em um mini ônibus para fazer sua doação pessoalmente. Assim começa a história extraordinária de como duas comunidades extremamente diferentes se reúnem por uma causa comum.
Dallas Buyers Club (Jean-Marc Vallée, 2013) – O filme conta a história de Ron Woodroof, um eletricista heterossexual de Dallas que foi diagnosticado com AIDS em 1986, durante uma das épocas mais obscuras da doença. Embora os médicos tenham lhe dado apenas 30 dias de vida, Woodroof se recusou a aceitar o prognóstico e criou uma operação de tráfico de remédios alternativos, na época ilegais.
Chun Gwong Cha Sit (Kar Wai Wong, 1997) – Ho Po Wing e Lai Yiu Fai, são um casal gay de Hong Kong, que mantêm uma relação atormentada. Decidem viajar até a Argentina para visitar as Cataratas do Iguaçu. Uma vez lá, depois de suas freqüentes discussões, decidem se separar. Yiu Fai, arruma um emprego de porteiro noturno e tempos depois Po Wing, reaparece e tudo indicava que andava se prostituindo. Yiu Fai, o acolhe, mas voltam as suspeitas, os ciúmes e as brigas, algumas violentas. Logo Yiu Fai, começa a trabalhar como cozinheiro e fica amigo de Chang, um colega de trabalho taiwanês e heterossexual, mas cujos sentimentos parecem ambíguos em relação a Yiu Fai.
Hedwig and the Angry Inch (John Cameron Mitchell, 2001) – Hedwig é uma cantora de rock que nasceu homem, na Alemanha Oriental, e se chamava Hansel. Criado ouvindo uma rádio norte-americana, Hansel só tinha duas certezas na vida: de que seria uma estrela de rock e que um dia encontraria sua alma gêmea. Quando conhece Luther, recruta americano que promete casar-se e levá-lo para os Estados Unidos, Hansel pensa que chegou sua vez de ser feliz. Contudo, para que seu sonho se realize, é obrigado a submeter-se a uma cirurgia de troca de sexo. Hansel torna-se Hedwig, muda-se para a América e forma uma banda de rock. Mas este é apenas o primeiro capítulo de uma história ao mesmo tempo dramática e engraçada, permeada por amores arrebatadores, amargas desilusões e rock do bom.
The Normal Heart (Ryan Murphy, 2014) – Drama original HBO que narra a história do início da crise da AIDS em Nova York nos anos 80, com foco no esforço de vários ativistas gays e seus aliados na luta para expor a verdade sobre a epidemia para uma nação que está negando os fatos.
La Vie d'Adèle (Abdellatif Kechiche, 2013) – Adèle (Adèle Exarchopoulos) é uma estudante do colegial, que começa a se relacionar com o jovem Thomas, mas não se sente completa ao lado dele. Ela então descobre, no azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux), sua primeira paixão por outra mulher.
The Boys in the Band (William Friedkin, 1970) – Adaptada do original off-Broadway (1968) para as telas, narra com humor, inteligência, sarcasmo e ácidas emoções o que inicialmente seria apenas a comemoração do aniversário de um dos oito amigos que se reúnem numa chuvosa noite novaiorquina. Surpreendente retrato das angústias do mundo gay que marcaram o período pré-liberal dos anos 80.
Xi yan (Ang Lee, 1993) Wai-Tung (Winston Chao) é um chinês radicado nos Estados Unidos que leva uma vida exemplar para qualquer yuppie. Como já não é mais um garoto, sua família começa a se preocupar com a solteirice do filho e trata de arranjar uma noiva. Só há probleminha… Wai-Tung é gay e tem um relacionamento estável com Simon (Mitchell Lichtenstein). Sem coragem de contar aos pais a verdade, o jovem chinês tenta criar empecilhos para a escolha da noiva. Quando suas desculpas não funcionam mais, ele apela para a jovem Wei-Wei e pede para ela fingir ser sua pretendente. Como está devendo vários meses de aluguel para o próprio Wai-Tung, ela topa. Tem início uma série de mal-entendidos e situações embaraçosas.
C.R.A.Z.Y. (Jean-Marc Vallée, 2005) – No dia 25 de dezembro de 1960, Zachary Beaulieu vem ao mundo. É o 4º entre 5 irmãos, todos meninos. A infância de Zachary é marcada pelos aniversários natalinos em que seu pai (Michel Côté), invariavelmente, encerra a festa imitando Charles Aznavour. Sua adolescência traz a descoberta de uma sexualidade diferente e sua negação profunda para não decepcionar a família. E a maturidade, enfim, chega com uma libertadora viagem mística por Jerusalém, a cidade que sua mãe sempre sonhou conhecer.