Chinaglia: Minha candidatura não é subordinada ao interesse econômico
Em entrevista ao site Bahia Notícias, o candidato à Presidência da Câmara dos Deputados, o petista Arlindo Chinaglia (SP) voltou a falar sobre a necessidade de uma reforma política e destacou que, se eleito, vai promover o diálogo para garantir a votação.
Publicado 19/01/2015 16:51
Indagado sobre as declarações de seu adversário Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de que sua candidatura estaria subordinada ao Planalto e, portanto, não teria independência, Chinaglia rebateu: “O que eu posso dizer é que minha candidatura não é subordinada aos interesses econômicos”.
Segundo o petista, Cunha é um candidato de “projeto pessoal’. “Ao tentar me colocar como subordinado, ele comete uma deselegância. Você pode fazer uma pesquisa com os líderes dos partidos e nunca vai encontrar nenhum que diga que eu sou subordinado aos interesses do governo. A estratégia dele de virar candidato da oposição está furada”, pontuou.
Reforma política
Sobre a reforma política, ele afirma que existem diversas propostas. “Todo mundo defende a reforma política, mas defende a sua reforma política. É preciso ver se é possível fazer uma reforma política maior, qual vai ser o nível de participação popular e, talvez, um caminho mais seguro seja ir votando pontos específicos”, disse Chinaglia.
Ainda sobre esse tema, ele lembrou que quando presidiu a Casa, entre 2007 e 2009, “coloquei a reforma política em votação e, no primeiro semestre, a reforma tributária estava pronta para votar”. Segundo ele, o presidente da Câmara tem que conduzir processos. “O que me coube, eu fiz. Mas aquilo não é uma academia, as pessoas disputam poder”, enfatizou.
O petista também ressaltou a necessidade de uma agenda para o Legislativo. “Eu fui escolhido pela minha bancada e por diversos partidos. Nós defendemos novas concepções e, para a Câmara, eu defendo uma adoção de pautas. Ou, do contrário, só teremos atendimento de demandas… Como tem acontecido nos últimos anos”, salientou.
Questionado sobre como pretende colocar leis mais progressistas para serem votadas, como a regulação da mídia, diante de um perfil de Congresso mais conservador, Chinaglia afirmou: “O presidente da Casa tem o dever da imparcialidade. Eu não posso dizer que coloco ‘isso’ em votação e ‘aquilo’ não. Não há assunto proibido para a Câmara. O que não se pode é colocar temas que paralisem os trabalhos. Não me dou tarefas de votar obrigatoriamente tal ou qual tarefa e nem de não votar outras. Eu creio que, com a participação da oposição, é possível produzir bons acordos”.
Fonte: Bahia Notícias