PMDB dá apoio discreto às candidaturas de Cunha e Renan
Sem grandes alardes, o comando nacional do PMDB oficializou nesta quarta-feira (14) apoio às candidaturas do partido para as presidências da Câmara e do Senado, com o deputado Eduardo Cunha (Rio de Janeiro) e o senador Renan Calheiros (Alagoas), respectivamente.
Publicado 14/01/2015 16:38
Fugindo à prática da realização de um evento com os apoiadores, o partido decidiu fazer o anúncio por meio de nota, de forma protocolar, gesto raro do PMDB, que não declara esse tipo de apoio há pelo menos 15 anos.
“A Comissão Executiva Nacional do PMDB decidiu, por unanimidade, apoiar o nome já escolhido, de forma amplamente democrática, pela bancada da Câmara dos Deputados para disputar a Presidência da Casa. O mesmo dar-se-á em relação à bancada do PMDB no Senado Federal”, diz a nota, sem citar os nomes de Cunha e Renan, que não participaram da reunião.
Chinaglia: reforma política deve ser votada em 2015
Chinaglia inicia campanha para presidir a Câmara
Chinaglia, Cunha e Delgado percorrem o país em busca de votos
Um dos motivos para os nomes não constarem oficialmente na nota é porque os senadores presentes na reunião divergiram quanto a Renan, pois ele ainda não confirmou oficialmente a sua candidatura ao Senado e o anúncio poderia prejudicar as articulações do senador. Além disso, esta semana Cunha teve seu nome citado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras.
Disputa
A eleição para a mesa diretora da Câmara e do Senado será dia 1º de fevereiro, data do retorno dos parlamentares com o fim do recesso legislativo. A disputa na Câmara está mais avançada com a candidatura dos deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Julio Delgado (PSB-MG), além de Cunha.
Chinaglia já conta com o apoio de parlamentares do PCdoB, PSD, Pros e PRT, além do PT. Mas como boa parte das bancadas não vota em bloco, o deputado tem votos entre os partidos da base aliada e da oposição. “Eu diria que quase todas as bancadas se dividem na eleição da Câmara. Ali não é votação na pessoa jurídica, é na pessoa física. Os deputados escolhem aquele que entendem ser o que vai conduzir melhor a Câmara. Vai haver divisão na base e na oposição também. É normal. A eleição na Câmara não é uma continuidade da disputa das eleições gerais”, disse Chinaglia.
Da Redação do Portal Vermelho